O Fluminense estreia na Libertadores, nesta terça-feira, às 21h30, no El Campín, diante do Millonarios, pela ida da segunda fase. Em 1974, um ídolo e craque tricolor trocou o Flu pelo oponente desta noite por conta do amor à esposa. Trata-se de Rubens Galaxe.
“Curinga” no Flu, o jogador que atuou como meia, lateral e zagueiro e é o sexto jogador com mais partidas pelo Tricolor (com 465), vivia o processo de transição entre a base e o profissional naquele ano. Por escolha própria, foi emprestado por uma temporada ao clube colombiano para ficar perto de Sônia, colombiana que conheceu três anos antes, enquanto disputava um pré-olímpico pela seleção. E com quem permanece casado até hoje, depois de 46 anos.
— Felizmente, o Fluminense me atendeu. Não tinha lado financeiro, não tinha interesse de nada, o Fluminense atendeu o meu pedido.Eu joguei um pré-olímpico em 1971, o Abel Braga, inclusive, foi um companheiro meu. Nós fomos campeões. Nesse período eu conheci minha atual mulher. Baseado nisso eu voltei para o Brasil e ficamos em contato. Em 1973 eu subi para o profissional do Fluminense e fiquei conversando com a direção. Eu ia para lá sempre no final do ano na antiga Varig, quando existia. Eu fazia um voo do Rio para Bogotá. Fui para lá umas três vezes até que em 1974 eu pedi para ir para lá para ficarmos juntos. O Zezé Moreira, que era técnico, facilitou minha ida em um empréstimo. Eu acabei encerrando o contrato (com o Millonarios) lá, casei lá e voltei (para o Fluminense). Voltamos casados – recorda o ex-atleta, hoje com 69 anos.
Galaxe defendeu o Millonarios na Libertadores de 1974, mas não passou de fase. Pelo Fluminense, foi campeão carioca em 1971, 1973, 1975, 1976 e 1980.