Candidatos ao governo do Rio de Janeiro, Eduardo Paes e Wilson Witzel disputam neste domingo, dia 28, os votos dos cariocas pelo posto. Em entrevista ao portal Esporte 24 Horas, Paes e Witzel falaram sobre suas propostas para o Estado e o que planejam fazer com o Maracanã.

Eduardo Paes

 
 
 

Resolver a questão do Maracanã é, de certa forma, simples e está mais do que clara. É preciso ter a boa vontade de sentar e rever a concessão. Fazer os ajustes necessários no contrato para que ele seja bom tanto para o Estado quanto para o concessionário e também para os clubes, principalmente, Flamengo e Fluminense que sofrem com a falta de um estádio. E nessa revisão da concessão é importante discutir a criação de uma área popular para que todos os torcedores possam ter acesso ao estádio. Um local mais barato para o torcedor – declarou o candidato.

Wilson Witzel

– Vamos retomar as negociações com o consórcio que adquiriu a concessão para que possamos propor uma nova modalidade de PPP (parceria público-privada), rediscutindo a equação econômico-financeira e chamando para essa conversa, inclusive, as associações de clubes de futebol para que, em conjunto, encontremos uma solução. Isso já deveria ter sido feito. Quando se faz uma PPP, se faz audiências públicas e um dos maiores problemas que temos no Brasil em relação às PPP’s é a insegurança jurídica. A do Maracanã, infelizmente, é mais uma que não deu certo no Brasil e que, aos olhos dos investidores, aumenta o risco de qualquer negociação. Isso é muito ruim. Faremos com que os contratos celebrados sejam milimetricamente respeitados, o que não aconteceu. Um governo completamente atabalhoado, diante de pressão popular, descumpriu o contrato elaborado. Isso foi uma falha na concessão, o que não é admissível. Por isso, se faz audiência pública e deixa claro qual será a regra. E também vou adiantar uma questão importante, que venho defendendo e que não está sendo muito bem utilizada em nosso contrato de PPP, que é a possibilidade de arbitragem, conforme prevê a Lei das Concessões de parceria público-privada. Vamos, no edital de convocação, explicitar que qualquer discussão jurídica será resolvida mediante uma corte de arbitragem no prazo máximo de 60 dias. Isso trata, para os investidores, segurança jurídica, equilíbrio contratual e maior interesse – disse Witzel.