Entrevistado pelo jornal Lance, Edson relembrou seu passado, o momento pelo Fluminense com a titularidade e o que vislumbra para o futuro. Confira o papo na íntegra abaixo:
Quais são suas obsessões no Fluminense?
Quero conquistar títulos. Meu sonho é entrar para a história do clube, vestir a camisa da Seleção Brasileira, mas é preciso ter humildade, pés no chão, porque isso é degrau por degrau. A coisas vão naturalmente dar certo.
Você falou em degrau por degrau e degrau por degrau o Flu está engrenando. Vai conseguir a vaga no G4?
O mérito é de todo o time, do Cristovão e da comissão técnica. Estamos honrando a camisa do clube e não abriremos mão de lutar por esta vaga. Sabemos que vamos conseguir.
Em cerca de cinco meses, você já fez mais gols que Valencia e Diguinho. É goleador mesmo?
Ninguém tem características iguais. Sempre tem alguma coisa que vai diferenciar um do outro. Quando vou para a área para fazer o gol, vou com pensamento positivo. Não adianta só ir lá para se enganar. Tem que querer marcar o gol de verdade. Sou assim, penso muito positivo, tenho minha confiança lá em cima, elevada e me admiro muito neste sentido. Foi sempre um diferencial para superar a desconfiança dos outros.
Você ouviu alguma coisa negativa no momento em que chegou no Fluminense?
Vi comentários de que não deveria ter sido contratado, que não sou jogador para estar no Fluminense. Tudo que ouço acaba ficando grande e dá mais vontade de mostrar que as pessoas estão erradas. Está aí o resultado para os críticos. Mas tenho que manter os pés no chão. É só o começo. Não adianta nada ter uma sequência e de repente deixar cair. Aí voltam a criticar e ficam comentando um monte de besteiras. Mas creio que essas críticas não vão voltar e vou fazer uma história muito bonita no Fluminense. É uma desconfiança normal, mas há muitos jogadores bons nas séries inferiores. O (Guilherme) Mattis já está muito bem. Estou encontrando meu espaço e o Renato (lateral-direito) é muito bom também. É preciso ter menos preconceito com os jogadores que vêm de baixo.
O Flu tem a fama de conseguir feitos impossíveis. Dito isto, dá para sonhar com título?
É bem difícil. Não podemos nos iludir. Precisamos ter humildade e pés no chão porque o Cruzeiro abriu uma vantagem muito boa. Mas tudo acontece naturalmente e de repente a gente está aí, três vitórias seguidas e o Cruzeiro tropeça. Tudo pode acontecer. Temos de sonhar alto. O pensamento é classificação para a Libertadores. Daí deixa acontecer. Aí no fim de repente o bicho pega.
O que o torcedor pode esperar de você daqui por diante?
Sempre vou correr e batalhar. É uma coisa minha que não abro mão. Sou um cara que quer vencer na vida, fazer história. Tenho passagens marcantes por todos os clubes pelos quais passei, mesmo que menores. Aqui no Flu não vai ser diferente.