César vinha treinando com o elenco sub-23 desde o início do ano — Foto: Mailson Santana / Fluminense FC

Mais uma cria de Xerém está de malas prontas para a Europa. Negociado pelo Flu com o Portimonense, o lateral-esquerdo César viaja para Portugal neste domingo. Feliz com a chance de jogar no continente, ele comentou sobre suas expectativas e carreira no futebol, em entrevista ao portal Globoesporte.com.

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Animado com a nova etapa? Já aprendeu sobre o novo clube?

César: – Tem que estar (animado), né? É Europa. Pesquisei um pouco, vi os últimos jogos, li um pouco da história… Vi que é um clube bom, mas vou pesquisando mais sobre ele.

Como foi a negociação? Soube que o Leixão também queria te contratar…

– Foi tudo muito rápido. O Portimonense já tinha me procurado antes, mas como estava jogando o Brasileiro Sub-20 não me liberaram. Agora o Leixões tinha mandado proposta, acho que o Portimonense soube e mandou também. Aí pude escolher e preferi o Portimonense, jogar a Primeira Divisão.

A decisão de aceitar a proposta partiu de você ou do Fluminense? Influenciou alguma coisa essa dúvida se vai ter ou não o Campeonato Brasileiro sub-23?

– Provavelmente não pesou muito, porque estão há um tempo conversando. O Fluminense não estava querendo liberar, mas vai ter o Marlon voltando de empréstimo, além do Egídio e Orinho, então o da base ia ficar por último.

Muitos tricolores que acompanham a base do Fluminense te consideravam como solução para a lateral esquerda. Mas acabou que você nunca teve a chance de jogar no profissional. Fica alguma frustração por isso?

– Ah, fica um pouco. É o time todo da minha família, onde sempre quis jogar. Foram quatro anos lá dentro, um clube que aprendi a gostar. Queria ter estreado, treinava bastante para isso.

Odair chegou a conversar com você alguma vez sobre chances?

– Não porque a gente do sub-23 só se reapresentou agora. E antes da pandemia treinávamos em horários diferentes dos profissionais no CT.

Acha que em Portugal você terá mais chances do que teria no Fluminense esse ano?

– Acho que sim. E na Europa valorizam muito o jogador brasileiro, ainda mais lateral-esquerdo, que é uma posição mais difícil de achar.

Chegou a conversar com ex-jogadores do Fluminense que estão em Portugal para pegar dicas?

– Sim, falei com o Mascarenhas e com o Wendel, já estou cortando caminho (risos). Eles falaram que a cidade (Portimão) que vou ficar é muito boa. O Mascarenhas é um amigo, e o Wendel, desde a base, quando estava praticamente subindo, a gente pegava ônibus juntos para ir treinar.

Você postou uma mensagem despedida do Fluminense nas redes sociais. Qual vai ser a principal lembrança sua no clube?

– Acho que a amizade, fiz muitas lá dentro. Tem o Resende, que é padrinho da minha filha, o Evanilson, Denilson, Samuel… E em campo foi o meu gol no Atlético-MG no ano passado pelo Brasileiro. A gente ganhou por 4 a 1, e fiz um gol carregando do meio de campo e chutando no ângulo.

Pretende voltar um dia? Faz parte dos seus planos, ou prefere deixar o futuro em aberto?

– Claro que sim. Até porque é o clube que me criou, se não estivesse no Fluminense não iria para fora. Aprendi a gostar muito do Fluminense e tenho vontade, sim (de voltar). O bom filho à casa torna.