Em entrevista ao jornal O Dia, Jean falou sobre seu momento, a luta do Fluminense para não cair e também fez projeções sobre uma suas chances de voltar à seleção brasileira. Confira aqui a íntegra:
Depois de um mês, entre o tratamento de uma lesão muscular na coxa direita e trabalho de recondicionamento físico, você emplacou boas partidas contra Goiás e Botafogo. Como analisa seu atual momento no Fluminense?
Essa volta foi muito boa para mim. Do período parado pude tirar pontos positivos, como descanso, a recuperação com pessoal da fisioterapia. Esse tempo foi importante para a minha volta. Não dependia apenas de mim. Tive atenção do departamento médico, que acelerou a minha recuperação pela gravidade da lesão. Pude ajudar o Fluminense a sair com a vitória em Goiânia, com um gol. Posso dizer que foi a minha melhor partida no ano. Espero que o Jean de tenha voltado.
Que Jean você espera que tenha voltado?
Quando disse que voltei… Digo na questão dos gols. Minha média é boa para um volante que não fazia gols. Tenho quatro na temporada, o dobro comparado a 2012. Nesse aspecto particular o ano tem sido bom. Mas acho que estava faltando o futebol que mostrei em Goiânia, de consistência ao longo da partida, de desafogo no meio de meio-campo. Enfim, aquele Jean que ajuda a fazer diferença no Fluminense.
Em forma física e técnica, como você espera fazer a diferença pelo Flu na sequência do Brasileiro?
Acredito que nos passes. Posso ajudar mais. Esse é um fundamento em que me cobro muito. Fiquei feliz pelo meu desempenho contra o Goiás. Parece que não errei. É um desafio jogar os 90 minutos bem, com consistência e sem desperdiçar passes.
Depois de oito rodadas invicta, o Fluminense não vence há quatro partidas e voltou a se aproximar da zona de rebaixamento. Qual é o papel dos mais experientes nesta fase?
É neste momento que não só o Jean tem de aparecer, mas todos. O Fluminense já começou a mostrar isso com a sequência de oito partidas sem perder. Não só eu, mas os grandes jogadores, como Gum, Edinho, Diego Cavalieri, Carlinhos, Rafael Sobis que têm a cara do Fluminense. Nós, que temos mais tempo de carreira e certo nome no futebol, temos de aparecer nestes momentos. No Brasileiro, não tem rodada fácil. A pressão é constante.
Depois do salto na tabela com a sequência invicta, a torcida chegou a sonhar com a Libertadores. Qual é a realidade?
No futebol e na vida precisamos de objetivo. O de todo clube que disputa o Brasileiro é fugir o quanto antes da zona de rebaixamento. Esse ainda é o nosso objetivo. Depois, com tranquilidade, podemos pensar em outras metas. Afinal, o lugar do Fluminense é na parte de cima da tabela. Queremos acabar com o risco de rebaixamento. Temos totais condições.
Depois da saída de Abel Braga e do complicado início de Vanderlei Luxemburgo, muitos temeram pelo pior, mas o time conseguiu reagir. Qual é o segredo da reviravolta?
Esse pessimismo é natural. A torcida e a imprensa pensam no momento. Falaram em crise, mas trabalhamos com planejamento. Não pensamos em dois, três jogos… E, sim, em todo o campeonato. Essa é a diferença. Se pensássemos assim, teríamos desistido.
Você foi campeão da Copa das Confederações de 2013 convocado como lateral-direito. Nas últimas convocações da seleção brasileira, Maicon, do Roma, ganhou espaço. Como você vê essa situação?
Maicon é um grande jogador. Sua convocação é natural pela experiência, pois já disputou Copa do Mundo e é lateral de ofício. Tenho de demonstrar o meu valor para voltar à Seleção. Sei que mostrei o meu trabalho quando joguei. Se Felipão precisar, estarei pronto. Tenho que manter o foco e fazer um bom papel no Fluminense.
Mesmo que seja na lateral direita?
Meu futebol é melhor no meio, mas o treinador pensa no projeto. Se achar que posso render melhor na lateral, jogarei com muito prazer.