Odair Hellmann concedeu entrevista coletiva após o Fluminense perder por 2 a 0 para o Palmeiras, no último sábado, no Allianz Parque, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico falou sobre o polêmico pênalti marcado em favor do adversário, conjecturou a respeito de possíveis mudanças no time e mais. Confira todos os assuntos abordados:
Lance do pênalti
— Aconteceram coisas dentro da partida… Para mim não foi pênalti, temos que fazer uma avaliação melhor nesse contexto. Pega avaliação do VAR, lance que para, volta, chute de alta velocidade… O Wellington (Silva), no instinto, estava com braço fechado, mas aconteceram outras situações e o VAR não chama. Ainda não estão uniformes essas decisões.
Efeito do pênalti marcado
— O pênalti fez a diferença. Conseguiram o segundo gol muito rápido também. Foram efetivos. Fomos tentando empurrar através da nossa posse, mas não conseguimos com esse volume. Jogo não foi para esse placar. Teve também os cinco minutos parados de impedimento (gol anulado de Luccas Claro) e temos que acreditar no que a máquina deu.
Problema de Fred
– Essa situação quando acontece com alguém que vai iniciar, como aconteceu com o Fred, sempre mexe no contexto. Infelizmente não dava para ele iniciar. Coloquei o Felippe (Cardoso) para ter imposição de pivô, movimentação ali na frente para que conseguisse volume ofensivo. Foi o que aconteceu no primeiro tempo, tivemos um bom primeiro tempo.
Padrão da equipe
– Conseguimos construir dentro do nosso padrão, colocar a bola em organização, construção, criamos oportunidades de chutes, acabou que não acertamos. Finalizamos um número bastante grande, mas pouco direcionadas. O placar parece que a equipe não teve construção. Mas o que teve foi dificuldade de traduzir em situações perigosas e gol.
Queda de rendimento do Fluminense nos últimos jogos
– A partida contra o Grêmio eu concordo, realmente em termos de padrão fizemos um jogo bem abaixo em todos os aspectos. Não concordo em relação ao jogo de hoje. Na minha opinião retomamos coisas importantes que nos deram vitória e pontuação no primeiro turno. Temos que voltar a ser efetivos e agregar pontos.
Padrão do Fluminense
– Hoje não fizemos o placar, mas na minha visão fizemos um jogo de padrão de retomada das outras partidas. Muitas coisas aconteceram no jogo, se acontecesse a efetivação do nosso primeiro gol… Se olhar os números frios, finalizamos mais, tivemos mais posse, mas não colocamos para dentro.
Possíveis mudanças
– Quanto à mudança ou não, fica a critério da semana de trabalho, dos jogos. Vamos sempre tentar buscar a melhor equipe e repetir o primeiro turno. A avaliação é de cada semana para estabelecer uma equipe forte e o melhor padrão possível.
Começo ruim no returno
– Seja no primeiro turno ou no segundo tenho mantido um equilíbrio nas minhas declarações. Se pegar o primeiro turno, nos dois primeiros jogos fizemos um ponto. (…) É um campeonato diferente, a gente caiu nas colocações, mas a pontuação não é distante para os outros colocados. Ano passado, nesse momento, talvez tivesse uma distância enorme para os outros. Tanto a parte debaixo e de cima estão próximas.
Derrotas contra times que disputam a parte de cima da tabela
– Esses primeiros jogos, na observação de todos, são contra grandes equipes que postulam ao título. Claro que precisa retomar o padrão, como fez hoje, no jogo anterior não. Retomamos coisas importantes hoje, temos que transformar esse padrão em efetividade de gols e pontos para fazer uma caminhada tão solida como a do primeiro turno. O início é difícil como foi o primeiro turno, é trabalhar e acreditar para reestabelecer no segundo turno.
Moral do grupo
– Jogadores não vão perder o pique, a força, a parte mental. Eles sabem que a cada jogo temos sempre que procurar melhorar. Estamos em uma avaliação muito clara a respeito de pontuação, campeonato, adversários, o que se fez no primeiro turno e que vai acontecer no segundo. A cobrança em nos é forte para que consigamos o melhor.
Desconcentração por conta das marcações do VAR
– Se for falar a verdade, o jogo estava totalmente controlado. Aí faz o gol, fica cinco minutos para avaliar, desconcentra um pouquinho, mas a equipe não teve nenhuma ação de fugir de padrão. No segundo tempo, o Palmeiras tentou mais, o pênalti gera intranquilidade para a equipe.
Recuperação psicológica do time
– Sempre falo que a equipe que acaba sofrendo o revés do gol tem que ter muita concentração nos minutos seguintes, aí sofremos o segundo gol rápido demais. Mas não deixamos de tentar buscar, tivemos bons números. Tem que transformar isso em gols. Placar não contou o que foi o jogo, já aconteceu isso com a gente e hoje aconteceu com o Palmeiras.
Ataque pouco efetivo
– A gente tem uma ideia central dentro da nossa organização e liberdade de movimentação. Isso criou frutos de infiltração, chances… O que pensamos em relação a essa movimentação está acontecendo, eles têm liberdade para fazer a troca de função. É transformar tudo isso em efetividade de gol. Conseguimos principalmente no primeiro tempo. O Palmeiras jogou mais em bloco médio-baixo do que em construção no nosso campo. Mas sair atrás do placar acaba dando mais perigo a esse tipo de jogo. O Palmeiras ganhou de 2 a 0 e finalizou menos que a gente. Mas levou muito mais perigo e conseguiu um gol através de um pênalti e outra situação de bola rolando. Temos que ter mais finalizações perigosas, as nossas no gol foram não tão difíceis para o goleiro adversário. Mas a equipe não deixou de tentar, de impor o jogo.
Possibilidade de utilizar jogadores do sub-23
– Estamos com muitos jogadores da base, eles fazem parte do contexto do trabalho. Hoje entrou o Marcos Paulo, o Luiz Henrique… Tem jogado os da base que estão treinando com a gente e estamos sempre prontos para observar outros jogadores.