O distanciamento da diretoria do Fluminense com os jogadores, conforme Diego Cavalieri revelou na última quinta-feira, não é o único item que gera um clima de insatisfação no elenco do Fluminense. O site Lancenet cita outros dois episódios que estremeceram a relação com o grupo de jogadores. Veja:
Compra de Robinho
Em agosto de 2017, o Flu anunciou a contratação de Robinho. O atacante assinou contrato de quatros anos com o Tricolor, que adquiriu 55% dos direitos econômicos do jogador por dois milhões de euros – cerca de R$ 7,5 milhões. A compra não pegou bem para o elenco, e não era nada pessoal com Robinho.
Na época, o clube devia direitos de imagem aos jogadores, que entendiam que os débitos deveriam ser quitados antes da diretoria acertar com reforços. O Flu havia acabado de acertar a venda do atacante Richarlison para o Watford, da Inglaterra, por 12,5 milhões de euros. O Tricolor embolsou R$ 23 milhões.
Pagamento antecipado a Gustavo Scarpa
Sem conseguir entrar em contato com Gustavo Scarpa durante as férias, o Fluminense acertou parte das dívidas com o meia em 3 de janeiro, data da reapresentação do elenco. A decisão da diretoria visou evitar uma ação do jogador contra o clube na Justiça por conta dos vencimentos atrasados – o camisa 10, porém, já havia movido a ação contra o Flu em 22 de dezembro.
O pagamento de parte dos vencimentos atrasados a Gustavo Scarpa, que não apareceu no clube em 2018, e não ao demais jogadores também repercutiu entre os jogadores, que, apesar dos atrasos salariais, treinaram no CT Pedro Antonio.
O Fluminense deve aos atletas quatro meses de direito de imagem, dois meses na CLT, além de férias e 13º de 2016 e 2017. A promessa da diretoria é de quitar as dívidas até o fim deste mês de janeiro, afirmaram, em recentes entrevistas, o diretor Paulo Autuori e o presidente Pedro Abad.