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Complexo de vira-lata tatuado na pele

Crys Bruno

Oi, pessoal.

O Fluminense é um time postado na defesa. Seu lema é marcar. Mas marcar no 1° terço do campo.

O adversário facilmente avança suas linhas e nos pressiona sem cansar porque 8, 9 jogadores nossos estão onde? Entre o goleiro e a intermediária.

Para piorar, não existe mais a marcação pressão no ataque: a melhor arma, já que as defesas são ruins tecnicamente.

Sem a bola, o time recua e como marca mal, não evita a buraqueira. Dois, três passes verticais bastam para qualquer adversário ficar cara a cara com nosso goleiro.

Com essa proposta de jogo, a escalação está errada. É tarde demais para jogar por uma bola! Olhem a tabela: precisamos vencer!

E mais: com essa proposta de jogo, o excesso de troca de passes absurdo na defesa, faz o Fluminense ser presa fácil.

Ganso e Nenê jogam fora de suas posições, não se tem o melhor deles.

Ganso nem lembra mais como é atuar na frente, ser o homem do último passe.

Aliás, vocês não sabem a revolta e decepção que me assaltam quando o vejo, por exemplo, deixando “Orinhos” bater falta próxima da área.

Só não são maiores que ver o Allan se comportar como um Beckenbauer mas sem vergonha de recuar 90% dos passes para os zagueiros! Quer jogar como um Ganso sem ter meio porcento da categoria e passe dele, quando tem que dar agilidade na transição. Coisa irritante!

João Pedro e Yony não jogam. O melhor finalizador do elenco recua e fica de costas para o gol. Seu talento é enterrado.

O atacante de velocidade (Yony), cuja explosão serviria para intimidar o lateral adversário, MARCA (mal, óbvio) o lateral adversário.

Quando o meio-campo recupera a bola, os atacantes estão ali na defesa, embolados.

É surreal ver um time que, tecnicamente, não é time para ser rebaixado, perder para si mesmo de forma constante.

Se a fragilidade defensiva existiu o ano todo, ao menos o goleiro adversário jogava, porque pressionávamos no ataque, agredíamos, criávamos chances de gol.

Emburacado na defesa, não melhora a marcação, perdemos volume de jogo, criação. O goleiro dos caras sai limpinho de campo e o nosso tem que fazer milagres – e ainda acham o máximo isso.

Perder para si mesmo: o complexo de vira-lata tatuado na pele dos jogadores que vestem essa camisa, de diretores cínicos que aceitam a minimização dessa camisa e em grande parte da torcida que desconhece e duvida da força dessa camisa.

Nem quero falar sobre FlaxFlu.

Nem quero lembrar que uma vitória que estava nas mãos sobre o Athletico me ajudaria a descansar.

Mas o complexo de vira-lata de quem está no meu clube não me deixa sequer ter paz. E nem exijo alegria, já que complexados não superam obstáculos.

Sábado, dia 26, às 19h:30, não será obstáculo e sim, OBRIGAÇÃO: vencer a Chapecoense é final de Libertadores. Pois é…

E não torrem mais meu juízo, seus vira-latas!

Toque rápido

– Marcão, meu amigo, vou te contar: tem que ter muita coragem tirar Daniel e João Pedro para pôr Orinho e Lucão.

Acaba, 2019! Acaba! Preciso descansar!

Foto: Lucas Merçon

Bacharel em Direito com Especialização em Gestão Profissional no Futebol pelo Centro Universitário Internacional. Escrevo sobre futebol desde 2009 quando comecei no Jornal da Cidade, Niterói. Com passagens pelo FEA, Flu&Etc e Panorama Tricolor, desarmo melhor que o Richard, cruzo melhor que o Leo, marco melhor que o Airton , lanço melhor que o Jádson, finalizo melhor que o Marcos Jr, corro mais que o Gum e jogo mais que o Pedro. Ops, "esta" foi mentira. Rs.

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