A mentira virou verdade. A propaganda enganosa comanda, patrocinada por “máfias”.
O Fluminense é tratado com escárnio pelo “Sistema” que parece “nos manter” na Série A só pelo prazer de nos pisotear.
O “Sistema” ganhou um novo braço de ação: o VAR. Ele cria resultados. Estamos colaborando tanto que chego a ouvir as gargalhadas do “Sistema”…
Uma média de 20 mil soldados resistem, ano após ano, lutando contra a morte da sua paixão.
Dois mil e dezenove, como esperávamos, repete 2006, 2009, 2013, 2018: povoar entre os últimos da tabela.
Repete outra questão comum, especialmente, com Peter e Abad: um time com elenco de remendos.
Com agravante: em 2019, elenco formado por um presidente “obrigado” a se destituir do cargo.
E, de repente, inesperamente, um “el loco” treinador acha um time e consegue até jogar bem.
O Fluminense faz um Carioca digno – sem tropeços contra Boavista, Madureira e afins.
Elimina o campeão Atletico Nacional e o tradicional Peñarol na Sul-Americana mas no Brasileiro não vence.
Recebendo 1 salário à cada 3 meses, esse elenco parecia fechado e com prazer de jogar pelo Fluminense.
O ambiente e o desempenho (com média alta de chances de gol criadas por jogo) nos traziam certa perspectiva de melhora e esperança de que “uma hora a bola entraria”.
Não deu tempo e a reação que tardava, sim, mas podia acontecer, foi interrompida pela estupidez. Não após a vexatória derrota para o CSA; antes, bem antes.
Estávamos em junho, meio da temporada, quando foram eleitos os novos presidentes: Mário Bittencourt e Celso Barros.
Assumindo um clube em frangalhos, falido, tendo que vender Pedro e contratar Lucão para substituí-lo, adivinha só contra quem e para onde o “genial” novo vice-presidente geral e homem forte do futebol, Celso Barros, atirou? Comissão técnica e jogadores.
Chega no meio do ano, num clube em desgraça financeira, faltando mais de 20 jogos, só conseguindo contratar Orinhos e Lucões (prova que Muriel foi na sorte!), com um elenco remendado, mas que atuava comprometido e, ao invés de dar suporte, você racha o ambiente.
“Parabéns”, Dr. Celso! Seu erro vem nos custando caro.
E seguia relembrando algumas causas enquanto assistia, incrédula, na cadeira 26 da fila JJ, uma atuação e resultado trágicos!
Será que existe alguém capaz, ao menos, de consertar até quarta-feira um monte de erros abissais nesse time?
Alguém da atual direção Flu-Sócios consegue? São só 5 absurdos que até meu sobrinho de 7 anos vê acontecer!
Um. Marcão não pode decidir sozinho o nosso destino. Nenhum técnico poderia nesse momento. É preciso uma decisão conjunta. A escalação é absurda. O time é um bando. As substituições são surreais. Abrir mais ainda o meio-campo para pôr um centroavante trombador (que “marca” o outro centroavante) foi desesperador. Os primeiros gritos de “burro” foram ecoados.
Dois. O time precisa de técnica para a criação e definição e só temos 3 jogadores técnicos: Ganso, Marcos Paulo e João Pedro. Não podemos nos dar ao luxo de ter um deles no banco num momento que é vencer ou ser rebaixado (de vez)!
Três. O que Nenê produziu para o time a não ser colecionar 3 gols feitos, inacreditalmente perdidos na pequena área, em jogos cruciais? Duas assistências, respondem rápido os analistas de números. Bem, Gilberto tem duas assistências. Dane-se o pouco que se acerta quando se erra o quádruplo que faz diferença no placar!
Quatro. Falando nele, não temos lateral-direito. Gilberto atua como um ponta, dono do último passe, que ele erra com quase 100% de aproveitamento. Igor Julião não serviu para o Kansas City na “incrível” MLS dos EUA. Nem para o ABC (RN). Nem para a Ferroviária. Nem para o Macaé. Mas “serve” para o Fluminense Football Club, aos 25 anos? Não, não serve!
Cinco. Mudança urgente para estancar a exposição defensiva. Não temos lateral-direito e nosso 1° volante marca muito mal (a cobertura dele no lance do gol da possante Chapecoense foi só uma demonstração do que vem sendo recorrente), além de se achar um Modric, parece displicente e não sei como não foi expulso, sábado, com o Marcão o deixando em campo de forma temerária.
Como salvar o Fluminense quando até quem comanda o clube o esfaqueia?
Como resistir ao esfaqueamento da mídia e diretoria e, agora, restando 40 dias de clube… e se alguns atletas ligarem a tecla “f***-se, vocês”?
Para se ter futuro, precisamos vencer 4 dos 9 próximos jogos. Conto com alguns tropeços dos nossos 5 concorrentes aos 17° e 18° lugares.
Não podemos chegar na última rodada, Corinthians (F), precisando de 1 ponto sequer.
Nós, os 20 mil soldados, não aguentamos mais tantas escolhas erradas. A galinha dos ovos de ouro de dezenas que perambulam pelas Laranjeiras também não aguentará.
Mudem o time para proteger a zaga. Não se protege a zaga com jogadores que marcam muito mal – Gilberto, Julião, Allan, Daniel e Caio Henrique, juntos, não protegem sua casa.
Lêem e sigam o tutorial básico do futebol do século XXI.
Como mudar o fato de perdermos quase todas bolas aéreas na defesa, proteger a zaga, fechar os corredores laterais, sem perder criatividade no meio nem agressividade no ataque?
É só saber colar! De acordo com os problemas, opções e perfil de elenco, escolhi uma já para quarta-feira.
Em regra, times em que os laterais são negativamente decisivos tanto na defesa quanto no ataque, a solução é não jogar com laterais. Não é espetacular?
E para defesa exposta em que o 1° volante não desarma uma bola? Que demais! Você pode pescar o único defensor razoável do banco, Yuri, e usá-lo num tridente defensivo.
Com isso, sem Allan (suspenso) contra o Ceará, temos o camisa 6, Airton ou Dodi para substituí-lo.
É para se jogar Ponte Rio-Niterói, eu sei. Mas lembre: o adversário tem fragilidades e mais jogadores inferiores que nós. Acredite!
Podemos pensar até em melhorar a bola aérea (nosso ponto fraquíssimo) e criar uma alternativa: Nino, Luccas Claro e Digão.
Atenção: o tridente defensivo não pode passar da linha de meio campo nem atuar emburacado na área.
Abertos, repetir o que Simeone usou e usa no Atletico de Madrid: meio-campistas.
Foi assim que o time de Madrid inspirou o sistema defensivo de muitos times: com Koke, Carrasco, Saúl, Gabi, abertos. Com laterais, diga-se de passagem. Laterais que marcam mais que apoiam, bom enfatizar.
Por isso, como fizemos com Caio Henrique, usaria o Daniel como médio-ala pela direita. Invenção? Calma. Darei outra opção com Igor Julião por ali.
Prosseguindo: o tridente do meio, com Ganso, Allan (Yuri para quarta) e Marcos Paulo; e no ataque, Yoni e João Pedro.
É o que temos de melhorzinho. É só reajustar e dar moral com uma escalação equillibrada.
Acha invenção Daniel pelo corredor direito? Escale o Igor Julião. Atuando com 3 zagueiros. Não pode é escalar Gilberto ou ele fazendo o zagueiro sair da área toda hora para cobrir a avenida que ambos dão.
Por fim, ressaltando: qualquer um que conhece futebol sabe que Ganso e João Pedro, mesmo se arrastando em campo, não podem ser reservas.
Têm jogos que afirmaria desesperada – nem sequer serem substituídos porque podemos esperar uma jogada deles.
Mas se como o Oswaldo de Oliveira, você não aguenta mais “esse Ganso”, reforcemos o estudo do tutorial sobre o futebol do século XXI e…
Na hipótese de Luccas Claro atuar bem (ele é ótimo na cabeça) contra o Ceará, você (o Marcão) o mantém no tridente defensivo com Yuri de 1° volante, Allan e Marcos Paulo como meias.
E se for de Julião na direita, Daniel fica no lugar do Marcos Paulo ou Yuri ou mesmo do Modric, ops, digo, do Allan.
Como pode pôr o Yuri no tridente e Allan, Marcos Paulo e Daniel por dentro.
Tem como melhorar. Tem como jogar certo. Tem como vencer Ceará e até o Vasco.
O que não temos mais condições é de brincar de Brasfoot, Football Manager, Fifa 2019, mantendo essa escalação com esse estilo de jogo.
NÃO DÁ MAIS!
De resto, é ficar de joelhos e começar a rezar para que Ceará, CSA, Avaí e Chapecoense confirmem que são piores que o Fluminense do Flu-Sócios.
O momento pede novas escolhas. Coragem!
ST.