Ignacio Ruglio reclamou das condições para os times visitantes contra brasileiros nas competições internacionais
Pouco depois da infeliz declaração do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, comparando a Libertadores sem brasileiros ao “Tarzan sem a Chita”, quem resolveu partir para o ataque contra os clubes do Brasil foi Ignacio Ruglio, mandatário do Peñarol (URU). O dirigente ainda minimizou os casos de racismo recentemente ocorridos.
No ano passado, torcedores do Peñarol protagonizaram quebra-quebra e vandalismo na Barra da Tijuca antes da semifinal da Libertadores contra o Botafogo. Pela baderna que fizeram, muitos foram presos no Brasil. Situação essa que virou motivo de reclamação para Ruglio. Ele, apesar de dizer condenar o racismo, tratou como “pequenos gestos” que logo viram um “drama” por parte de brasileiros.
— O que acontece é que eles (os brasileiros) te matam, fazem o que querem com você, liberam áreas para você, e aí acontece isso, fazem um gesto e já é um drama. Um mínimo gesto, que não deveria ser feito, mas um pequeno gesto feito no Brasil vira um drama. Mas eles liberam áreas para você, te espancam, te deixam preso por quatro meses, as pessoas são detidas lá e nada acontece – disse em entrevista ao programa “Minuto 1” do Uruguai, prosseguindo:
— E depois, se um torcedor está lá e faz um gesto racial, o que é errado, é um drama total. Então, eles podem fazer qualquer coisa com você no Brasil, é uma zona liberada. Em algum momento vamos começar a reclamar em massa na Conmebol.
No programa, o presidente do Penãrol também falou que clubes uruguaios, paraguaios e argentinos se manifestarão em conjunto para cobrar segurança em jogos no Brasil.
— O Flavio Perchman (vice-presidente do Nacional) me disse que ele estava ligando para alguns presidentes e eu já tinha falado com eles antes, e com todos que tiveram problemas no Brasil. A ideia é formar uma frente unida entre vários clubes, principalmente de Paraguai, Uruguai e Argentina, para começar a reclamar disso estruturalmente e mudar as condições lá – disse.
* trechos retirados do portal “No Ataque“, de Minas Gerais