Treinadora vê Flu como referência no feminino (Foto: Mailson Santana - FFC)

Thaissan Passos e Filipe Torres, técnica e auxiliar do time feminino do Fluminense, respectivamente, participarão de uma seletiva no próximo sábado, em Manaus, promovida pelo Projeto Atletas com Cristo (PACC). O projeto completará 20 anos no fim de outubro e atua com inclusão social por intermédio do esporte, gerando oportunidades, experiências, conhecimentos, princípios, valores e vivências. Para a treinadora, o estado tem grande potencial para revelar valores.

— Nosso auxiliar técnico Filipe Torres, que também é o treinador do Fluminense sub-16, é de Manaus e sempre conversou comigo sobre os talentos que tem por lá. Estamos indo prestigiar o projeto do seu Lúcio, um guerreiro do futebol amazonense, também olhar com carinho e quem sabe, oportunizar uma menina. Me sinto lisonjeada, vamos fazer com que esses dois dias sejam de grande valia para essas meninas. Só temos a agradecer a ele por ter escolhido a gente e o Fluminense para observar as atletas que estejam melhor preparadas – falou ao site oficial do Flu.

 
 
 

Filipe, por sua vez, afirmou que observar projetos como esses já ajudou a aproveitar eventuais talentos no clube.

— Da outra vez conseguimos trazer três meninas e uma delas acabou permanecendo no nosso elenco do sub-18, onde disputou o campeonato brasileiro, foi muito bem, sendo também vice-campeã carioca no sub-18 conosco. O futebol feminino no estado do Amazonas é bem desenvolvido e a gente espera encontrar um grande talento para compor o elenco do Fluminense – emendou.

O PACC atua junto com a Igreja Presbiteriana de Manaus, no contra turno escolar. O centro de treinamento fica localizado no bairro de Tarumã, local onde a seletiva será realizada, além de contar também com um convênio no Balneário do SESC. O idealizador, Lúcio Silva, explica que o projeto trabalha para mudar a vida do jovem, atua em 14 bairros de Manaus e 12 municípios do estado do Amazonas.

— Se o jovem não for atleta no futuro, o projeto vai mudar a sua vida, ele vai ter uma profissão, não vai se envolver com drogas. Há 45 anos fui jogador de futebol e depois que parei, perguntei para Deus o que eu poderia fazer para ajudar as pessoas que também tem o sonho de ser jogador de futebol. Joguei no Libermorro Futebol Clube e iniciei o projeto depois que parei minha carreira – explica Lúcio.