Coronel Marinho lembra que trio não pode apitar até STJD julgar mérito da partida

Recém-empossado como chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, Marcos Marinho, o Coronel Marinho comentou os fatos polêmicos ocorridos no Fla-Flu da última quinta-feira, pelo Campeonato Brasileiro. O homem forte do apito nacional reconheceu os erros cometidos na partida e criticou o trio pela demora na decisão pela anulação ou não do gol do zagueiro tricolor Henrique.

– Houve uma conversa entre eles em razão das dúvidas lá na hora, eles discutindo. O Emerson (de Carvalho, bandeira) que suscitou que ele visse de novo o caso, aquele negócio do feeling do assistente, aquele primeiro lance que ficou a fotografia para ele. Teve uma dúvida, na hora que o Henrique foi reclamar de forma muito forte, pintou uma dúvida na cabeça dele. Aquele diálogo que ele teve com o Sandro Meira Ricci, aquela coisa toda. Mas ele quis voltar atrás, “vou ficar na minha primeira posição que é o impedimento”. Aí o (Marcelo) Van Gasse, que é o segundo assistente e também é muito experiente, falou: “Emerson, fica com a sua primeira impressão, a primeira posição. A primeira decisão é a que tem de ficar”. É a correta sempre, para nós. Você ensina aos assistentes, aos árbitros, para sempre marcar o que viu primeiro. Quando você começa a pensar no lance, vai começar a errar. Certo ou errado, é o que viu. O Emerson quis fazer uma justiça, “se eu errei tenho de voltar atrás”, isso bateu na cabeça dele. Mas na sequência ele foi na primeira visão, no impedimento. Ele quis tentar fazer justiça, e acabou prejudicando toda uma situação – comentou.

 
 
 

Marinho também admtiu que o inspetor da CBF, Sérgio Santos, não deveria ter entrado em campo e conversado com o árbitro Sandro Meira Ricci.

– Não, não é normal, não deve entrar, não deve ficar encostando no árbitro. Até porque gera toda essa porcaria de dúvida e de polêmica. Eles não aprendem. Não é para ficar perto de árbitro, deixa o árbitro decidir, o problema é do árbitro – reclamou.

Por fim, garantiu que os envolvidos serão punidos pelos seus erros no clássico.

– Preliminarmente, não podem atuar porque estão sub júdice. Hoje o STJD está apurando e vai julgar a situação. Não sei se poderá ou não ser aplicada uma pena a eles. E pode também ser aplicada uma sanção. É fato notório que houve erros de procedimentos. Existem umas coisas que foram erradas, fugiram da conformidade. Aí vamos tomar nossas medidas aqui também, que vai de advertência, reciclagem na Escola Nacional de Árbitros, pode ser suspenso por um determinado número de rodadas ou até de dias. A vida pregressa conta – contou.