Era a oportunidade ideal para o Fluminense provar para muitos que há vida sem Fred. O adversário é um dos líderes do campeonato e vinha de boas partidas. Mas o time de Levir Culpi, com um jogador a mais durante 60 minutos, só conseguiu empatar com o Grêmio. Marcelo Hermes fez aos 37 do primeiro tempo e Marcos Júnior chegou à igualdade aos 29 da segunda etapa.
No duelo da velocidade contra a técnica, venceu a segunda na etapa inicial do confronto. O Fluminense começou o jogo em ritmo forte, imprimindo rapidez e muita garra, como se quisesse dar uma resposta imediata que, sem Fred, poderia ser competitivo.
Nos primeiros dez minutos, o Time de Guerreiros sobrou na vontade. Aos poucos, o Grêmio, mais experiente e cadenciado, passou a diminuir o ritmo da partida com toque de bola. Com um meio-campo mais técnico, os gaúchos sobressaíram um pouco mais àquele formado por Edson, Douglas e Cícero.
Gustavo Scarpa não conseguiu se achar na ponta esquerda. Do outro lado, o estreante Maranhão até tentou algumas jogadas, driblou, cruzou, mas errou a maioria. Mesmo afobado, Richarlison era quem conseguia incomodar com sua robustez e velocidade. O jogo foi equilibrado. Poucas chances criadas dos dois lados.
Diego Cavalieri fez uma única defesa. Bruno Grassi, do adversário, também, providencial, salvando gol do Flu em chute à queima roupa de Cícero. Até que veio a expulsão de Ramiro.
O volante gremista, provavelmente, pronunciou palavras de baixão calão ao árbitro André Luiz de Freitas após reclamar de uma falta que não houve e foi expulso. Ironicamente, com dez em campo, a equipe do técnico Roger Machado chegou ao gol.
Aos 37 minutos, Maranhão não acompanhou o lateral-esquerdo Marcelo Hermes e este, depois do passe de Bobô, tocou na saída de Cavalieri: 1 a 0.
Levir Culpi, então, inverteu Maranhão e Scarpa de posição e o Fluminense, mais na base do chuveirinho, tentou chegar ao empate no fim do primeiro tempo. Não rolou.
No segundo tempo, com Marcos Júnior no lugar de Maranhão, virou ataque contra defesa. O Grêmio, raramente, chegava à intermediária do Fluminense. O time da casa, por sua vez, insistia nas bolas aéreas, se esquecendo que Fred estava longe dali, em Belo Horizonte.
O Flu não tinha infiltração pelas pontas. No meio, faltava criatividade. A impressão que se tinha é que as equipes poderiam jogar o dia inteiro que o gol não sairia. Mas houve um diferencial.
Gustavo Scarpa, o mais lúcido do Tricolor, descolou ótimo lançamento para Marcos Júnior. De bate pronto, o atacante fez belo gol e colocou fogo na partida.
Os chuveirinhos continuaram e a virada quase aconteceu com Edson aos 40 e tantos minutos. Quarto empate do time em sete partidas. Dez pontos e a permanência no meio da tabela.