O Fluminense tem muito o que comemorar ao término da quarta rodada da Taça Rio.
Com 24 pontos na classificação geral, nove a mais do que o Vasco, garantiu a vantagem do empate na semifinal do Estadual.
Além disso, viu cair para apenas um ponto a sua diferença para o Flamengo (empatou em 2 a 2 em clássico polêmico), o que lhe devolveu a chance de terminar em primeiro, no confronto direto do próximo domingo.
A diferença?
No caso de um dos grandes – Vasco ou Botafogo – ficar pelo caminho, o pequeno que beliscar a quarta vaga enfrentará o maior pontuador em jogo único, tendo obrigatoriamente que vencer.
Que o Fluminense observe com carinho esta questão, antes de pensar em optar por reservas no Fla-Flu do próximo domingo.
Antes, o time precisa vencer nesta quarta o Madureira, que, apesar de ter dado bastante trabalho na semifinal da Taça Guanabara, vem mal das pernas no returno (ocupa a vice-lanterna do Grupo B).
As boas atuações contra Botafogo e Macaé reacendem a confiança do grupo, que se prepara para os desafios mais importantes do semestre.
Neste período, a fase final do Campeonato Estadual e a Copa Sul-Americana serão prioridade nas Laranjeiras em detrimento dos jogos decisivos da Taça Rio e da Primeira Liga, todos entremeados por jogos de real valor à equipe.
O retrospecto é bom, e nas únicas derrotas na temporada – contra Internacional e Nova Iguaçu –, o Flu estava com reservas.
O que, trocando em miúdos, sinaliza para um elenco na conta do chá, embora meninos como Wendel e Pedro, que ganharam oportunidade contra o Macaé, também apresentem condições de ocuparem a titularidade.
Prudente, contudo, Abel saberá como planejar, já que exige intensidade de seus comandados.
Campeonato se ganha também nos movimentos do tabuleiro.
Em 2012, a pedido de Deco, que disse não querer perder o melhor da festa, escalou o craque no segundo jogo da final do Estadual, mesmo depois de já ter goleado o Botafogo por 4 a 1 uma semana antes.
Resultado: o Mago sentiu grave contusão e ficou de fora dos dois jogos contra o Boca na Libertadores.
Lição que Abel há de ter aprendido.
Até porque, neste caso, o preço foi bem salgado.
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Leia também “Com a vantagem no bolso”, deste colunista, no Blog Terno e Gravatinha.
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