Um Fluminense com vontade de vencer. Este foi o retrato do time que derrotou o Avaí por 1 a 0, neste domingo, no Maracanã. O placar magro pode não traduzir o que foi o jogo do Tricolor que, se não foi brilhante, trouxe esperança de dias melhores ao torcedor pela disposição de todos os atletas. Com o resultado, a equipe de Abel Braga, que estava na zona de rebaixamento, ganhou seis posições e ocupa a 11ª colocação até a conclusão da rodada.
Muito determinado, o Fluminense começou o jogo sufocando o adversário, como há muito não se via. Não deixava o adversário passar do meio-campo com a bola dominada. Os dois jogadores abertos pelos lados, Marcos Júnior e Gustavo Scarpa fechavam as investidas do time catarinense e no centro, muita intensidade e velocidade.
Abel armou o Flu em um 4-1-4-1. Richard era o homem entre a zaga e a linha de quatro no meio-campo, que tinha, além dos dois supracitados, Wendel, pela esquerda, e Sornoza, pela direita. A movimentação foi a tônica do time carioca no primeiro tempo.
Os atletas procuravam jogar perto uns dos outros, forçando o passe só quando o necessário. Afinal, quando a fase não é boa, recomenda-se simplicidade. E, curiosamente, o gol não saiu através de troca de passes.
Bola alçada na área, Sornoza mandou um balaço no travessão, no rebote Marcos Júnior finalizou, a bola bateu na zaga e Henrique Dourado, com a canhota, encontrou a rede. O ex-tricolor Juan ainda tentou impedir, mas colocou para dentro.
A partir dos 30 minutos, o jogo diminuiu um pouco de intensidade, mas com o Fluminense sempre melhor. A confiança era tão grande que Renato e Richard arriscaram finalizações de fora da área. O Avaí não criou uma oportunidade sequer.
Destaque, novamente, para Richard, com seus desarmes e capacidade de preenchimento de espaços, Wendel, mais disposto que em partidas anteriores, responsável pela saída de bola com rapidez e troca de passes na meiúca e Marlon. O lateral-esquerdo apoiava com qualidade, cruzando com precisão e muita inteligência na recomposição defensiva, optando sempre pela melhor jogada.
No segundo tempo, um susto logo com um minuto e meio. O Avaí balançou a rede, o árbitro validou o gol, mas o assistente apontou falta do zagueiro Alemão em Diego Cavalieri, que aconteceu.
O desenho do confronto mudou. O adversário buscou a posse da bola e o Flu, em vantagem no marcador, os contra-ataques. Aí o Tricolor pecou no passe. Mas, por outro lado, meta de Cavalieri pouco foi ameaçada.
Renato, machucado, cedeu lugar a Mateus Norton e Matheus Alessandro entrou na vaga de Marcos Júnior. A partir da metade da etapa final, a partida ficou mais a feição do Tricolor, que chegou ao segundo gol, com Matheus Alessandro.
Entretanto, o árbitro enxergou falta discutível do atacante na conclusão da jogada. Gum saiu estafado e mesmo com os protestos da torcida, Nogueira entrou. Não comprometeu e o Flu voltou a vencer após seis partidas no Brasileirão.
Escalação do Fluminense: Diego Cavalieri; Renato (Mateus Norton), Reginaldo, Gum (Nogueira) e Marlon; Richard, Wendel e Sornoza; Gustavo Scarpa, Marcos Júnior (Matheus Alessandro) e Henrique Dourado.