Fluminense e Flamengo decidem o Campeonato Carioca de 2017. O Rubro-Negro levou a melhor na ida ao vencer por 1 a 0, mas domingo que vem tem mais. No clima do clássico, o site do jornal Lance recordou a rivalidade histórica.
Em sua página na internet, o Lance destacou Fla-Flu memoráveis. Confira a lista de respeito!
CARIOCA DE 1941 – AS ÁGUAS ROLAM NO ‘FLA-FLU DA LAGOA’
O sofrimento e a catimba ditaram a luta pelo título em 1941. Jogando pelo empate no clássico da Gávea, o Fluminense abriu uma vantagem de dois gols mas, viu o Flamengo arrancar o empate. À medida que o relógio corria, os tricolores utilizaram uma estratégia inusitada: parar os ataques adversários com direito a rechaçar bolas para a Lagoa Rodrigo de Freitas. O Fla passou a improvisar até remadores do clube como gandulas, mas não evitaram o empate em 2 a 2 que deu ao Fluminense a conquista.
CARIOCA DE 1963 – UM MAR DE FESTA RUBRO-NEGRA
O maior público da história do Maracanã testemunhou a volta olímpica do Flamengo no Carioca de 1963. Jogando pelo empate para acabar com o árduo jejum de sete anos, o Rubro-Negro de Nelsinho, Carlinhos e Oswaldo viu o goleiro Marcial ser alçado a herói, segurando o poder ofensivo do Fluminense de Escurinho e Altair. Diante de 177.656 pagantes (194.603 presentes), o Fla garantiu o empate em 0 a 0 no Fla-Flu e sagrou-se campeão.
CARIOCA DE 1969 – TRICOLORES, ABAIXO A HUMILDADE!
Aos olhos do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, em 1969, “no maior Fla-Flu de todos os tempos, o Tricolor conquistou a sua mais bela vitória”. De início, o Fluminense marcou com Wilton e, logo após Liminha igualar, Cláudio garantiu ao clube das Laranjeiras a ida para o intervalo com vantagem. Dionísio fez o Flamengo, mesmo com um a menos voltar a reagir e lutar mesmo com uma menos (Dominguez foi expulso). Mas, no fim, a equipe de Telê Santana viu Flávio decretar o 3 a 2, que deu a Nelson Rodrigues a certeza tricolor: “A humildade acaba aqui!”.
CARIOCA DE 1972 – GRINGO FAZ A FESTA
A final de 1972 trouxe a consagração de um argentino em vermelho e preto. “Fazedor de gols” do Rubro-Negro, Doval abriu o placar daquele que seria o primeiro título carioca de sua história no Flamengo. “El Loco” ainda viu Caio Cambalhota ampliar o placar. jair diminuiu no segundo tempo, mas o Fluminense de Gerson e Didi não conseguiu reagir a tempo de impedir o sonho do título.
CARIOCA DE 1973 – FLU CAMPEÃO ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA
Coube a um Fla-Flu definir quem seria o campeão carioca de 1973 mas, desta vez, o troco foi tricolor em uma partida eletrizante. Em uma noite de chuva torrencial durante o jogo do Maracanã, o Fluminense abriu dois gols de vantagem no primeiro tempo. Porém, o oportunismo de Dadá Maravilha apareceu duas vezes e fez o Flamengo reagir. Mesmo em meio ao baque, o Tricolor encontrou forças e, com gols de Manfrini e Dionisio, sacramentou um 4 a 2 com volta olímpica.
CARIOCA DE 1983 – ‘RECORDAR É VIVER…’
Após estrear no triangular final com um empate sem gols diante do Bangu, o Fluminense chegou ao Fla-Flu precisando de uma vitória para seguir com vida na busca pelo título carioca. Os tricolores viveram tensão para soltar o grito aos 45 minutos da etapa final.
Delei lançou o recém-contratado Assis, que passou como quis e chegou à grande área para balançar a rede, decretando 1 a 0. O Fluminense conhecia um ídolo, e o Flamengo conhecia um carrasco histórico, eternizado por: “Recordar é viver, Assis acabou com você”.
CARIOCA DE 1984 – ‘SE TIVER QUE SER ASSIS, SERÁ…’
O Fla-Flu voltou a definir o campeão carioca no ano seguinte, e manteve a festa tricolor, com direito à repetição de “carrasco rubro-negro”. Em partida acirradíssima, especialmente nos ânimos Fillol declarar que não levaria o gol sofrido por Raul na final anterior, o clássico seguiu lá e cá, com nomes como Andrade, Tita, Romerito e Washington.
Porém, após cruzamento de Aldo, quem surgiu entre os zagueiros rubro-negros novamente foi Assis. Em meio à comemoração tricolor no Maracanã, o atacante ainda soltou: “Falar é fácil, mas na hora de ir lá defender ele não conseguiu”.
CARIOCA DE 1991 – MESTRE JÚNIOR REGE O TÍTULO
A volta de Júnior ao Flamengo após um longo período no exterior foi celebrada com título no Fla-Flu. Após empate em 1 a 1 no jogo de ida, a equipe regida pelo “Mestre Júnior” viu um Ézio em grande fase abrir o placar para os tricolores. Sem se intimidar, o Rubro-Negro teve uma reação impiedosa no segundo tempo com sua safra de jogadores jovens. Após Uidemar igualar, “mais um golaço de Gaúcho” deu a virada, e Zinho marcou o terceiro. Ézio esboçou uma reação tricolor, mas viu Júnior garantir o triunfo por 4 a 2.
CARIOCA DE 1995 – TÍTULO ‘POUSA DE BARRIGA’ NAS LARANJEIRAS
Um dos jogos com mais contornos dramáticos no Fla-Flu foi a mais recente decisão de título carioca entre os clubes. Mesmo diante de um Flamengo que comemorava seus 100 anos de fundação e contava com badalados como Romário, Sávio e Branco, o “time de operários” do Tricolor saiu na frente no Maracanã lotado, com gols de Renato e Leonardo.
Mas o Fla-Flu tem das suas e, no segundo tempo, o Rubro-Negro reagiu, igualando em seis minutos com Romário e Fabinho e, devido à vantagem do empate, ficando perto do título. Mesmo com as expulsões de Sorlei, Lira e Lima (enquanto Marquinhos foi expulso do lado do Fla) e gritos de “é campeão” do outro lado, o Flu foi à frente e, após Ailton iludir a zaga e encher o pé, Renato Gaúcho surgiu na área para, de barriga, garantir aos 42 minutos o título do Fluminense.
TAÇA GUANABARA DE 2004 – BAILE VERMELHO E PRETO
A mais recente decisão vencida pelo Flamengo aconteceu na Taça Guanabara de 2004, e rendeu boas doses de emoção em um sábado de Carnaval. Aproveitando um cruzamento de Zinho, Fabiano Eller abriu o placar para o Flamengo. O Fluminense reagiu na etapa final, igualou com Antônio Carlos, mas viu Jean deixar o Fla em vantagem rapidamente. O Tricolor não se intimidou, foi à frente e contou com um gol contra de Henrique para empatar. Mas, pouco depois, Ibson fez boa jogada e serviu Roger, que decretou a vitória por 3 a 2 e fez a torcida rubro-negra pular com a vaga na final do Carioca.
TAÇA RIO DE 2005 – PASSEIO TRICOLOR EM REVERÊNCIA AO PAPA
O baile foi tricolor na última decisão envolvendo Flamengo e Fluminense, pela Taça Rio de 2005. Com direito a grande atuação do lateral-esquerdo Juan, o Flu abriu o placar logo aos seis minutos com Tuta cobrando pênalti e, em seguida, viu o centroavante servir Leandro, que ampliou. No segundo tempo, Alex (aproveitando lançamento de Juan) e Preto Casagrande transformaram a vantagem em goleada. Nem mesmo o gol rubro-negro de Zinho, que decretou o 4 a 1, foi suficiente para abafar os gritos de “A benção, João de Deus”, ecoados de uma forma simbólica: o triunfo aconteceu um dia após a morte do Papa João Paulo II, homenageado na canção entoada no Maracanã.
FLA-FLU DO CRÉU
O jogo não valia muito para a classificação da Taça Guanabara de 2008, mas o clássico do dia 10 de fevereiro daquele ano ficaria marcado como o Fla-Flu do créu, hit de funk que estava estourando nas rádios cariocas. Em atuação magistral, Thiago Neves marcou três gols e ainda tirou onda para cima da torcida rubro-negra, aplicando a velocidade quatro no placar final: 4 a 1 para os tricolores.
FLA-FLU DE OITO GOLS
Em 2010 as duas equipes fizeram um clássico no Maracanã para ficar marcado na história. Virada espetacular, oito gols, show de Adriano… teve de tudo! No final, o Rubro-negro saiu vitorioso por 5 a 3 após terminar o primeiro tempo perdendo por 3 a 1 para o Tricolor das Laranjeiras.