O Conselho Deliberativo (CDel) do Fluminense decidiu na noite desta segunda-feira, com maioria dos votos, que a vice-presidência financeira do clube assumiria todas as atribuições da pasta de governança e compliance. Dos 58 presentes na reunião online, 47 voltaram a favor e apenas nove foram contrários à proposta da direção.
O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, gostaria de transformar futuramente a vp de finanças, englobando a parte de governança e compliance realizando uma alteração estatutária, o que teria um caráter permanente, diferente da decisão desta segunda, que é valida até o fim da atual gestão.
Apesar da aprovação, alguns conselheiros criticaram a medida já que uma pasta que deveria passar pela fiscalização da governança e compliance, como é a financeira, acabara ditando os rumos dessa área. Mesmo com a extinção da vice-presidência, foi criado um comitê de compliance, formado por Paulo Veiga, Paulo Todaro, Ronaldo França, Heraldo Yunes e Mário Bittencourt.
A governança e compliance eram parte da administração tricolor que cuidava de procedimentos de gestão, decisões, prestações de contas, etc. Em fevereiro, o então vice da pasta, Newton Souza Junior, que é assessor do presidente do BNDES, deixou o cargo. Ele o fez após apresentar diversas propostas que não foram colocadas em prática pelo presidente Mário Bittencourt, segundo alguns membros do Conselho Deliberativo (CDel).
Três meses após a saída do vice de governança e compliance, a cúpula tricolor não apresentou nenhum substituto (o estatuto prevê um mês para tal) e propôs que todas as atribuições da pasta ficassem sob a batuta da vice-presidência financeira.