O que já era esperado, agora, está confirmado. Em comunicado, Pedro Trengrouse confirmou a desistência de concorrer à presidência do Fluminense e apoiará Cacá Cardoso. O agora ex-candidato ainda fez duras críticas à atual gestão por, no seu entender, manipular o processo em favor de Pedro Abad.
Veja a íntegra do comunicado divulgado por Pedro Trengrouse:
“A fusão dos grupos Verdade Tricolor e Flu 2050 criou uma nova chapa para concorrer à presidência do Fluminense, com Cacá Carvalho, Diogo Bueno e um grupo de personalidades e empresários que muito podem fazer para o engrandecimento do clube. Retiro meu nome do processo eleitoral, apóio o novo grupo e fico à disposição para colaborar no que for preciso para tornar o Fluminense mais forte, inovador e democrático.
Como venho dizendo desde que me lancei candidato, o melhor caminho para o Fluminense é a união de todos, visando exclusivamente o bem do clube. Espero que ainda haja tempo para que aconteça, mas deixo de participar do processo como candidato para não legitimar uma eleição sem transparência, sem democracia e na qual a atual gestão manipula inteiramente o processo eleitoral para eleger seu candidato.
A miopia democrática dos atuais dirigentes do Fluminense é responsável por não revelar até hoje as regras da eleição, pedidas por mim em abril. Por sequer responder meu pedido para que os sócios torcedores pudessem exercer seu direito de voto pela internet. Por usar o lançamento da candidatura do nome apoiado pelo atual presidente para anunciar a assinatura de um protocolo de intenções para a compra de um terreno, o que não havia sido feito em seis anos de mandato. Por exibir um único candidato, o da situação, em programa da TV Oficial do Flu, exibido na Globo Premiere FC. Por se recusar a divulgar a lista dos votantes. E, por fim, chegar ao cúmulo de entrar na justiça contra mim, pedindo ao judiciário que garantisse a falta de transparência na eleição.
Para mim, vencer ou vencer significa vestir a camisa e lutar pelo Fluminense. Vencer a qualquer preço não vale a pena. Espero que meu desprendimento, de alguém que desde março vinha trabalhando abertamente pela construção de uma candidatura propositiva e inovadora, sirva de incentivo aos demais candidatos para que percebam que mais importante do que a corrida pela presidência é a luta contra velhas práticas, a falta de democracia, a completa falta de ética e o despotismo que hoje reina no Fluminense. Espero que todos se unam pelo clube que amamos e contra uma gestão que violenta a ética, a democracia e, mais ainda, a fidalguia tricolor.
Mais que eleger o próximo Presidente, nós tricolores temos o dever de ficar do lado certo da história e dar um basta às práticas deploráveis de quem simplesmente quer o poder pelo poder. Chega de promessas vazias, mais do mesmo. Quem teve a chance e não fez, perdeu a vez!”