Depois de perder o prazo de fim do mês de abril, estabelecido pela Lei Pelé, o Fluminense, enfim, publicou as demonstrações financeiras relativas ao ano de 2017, nesta terça-feira. O balanço conta com ajustes nos números referentes a 2016 e está em nome do presidente Pedro Abad, do vice-presidente de finanças, Diogo Bueno, e do diretor de finanças, Eduardo Paez.
Os números apresentam um déficit de R$ 67,869 milhões do exercício de 2017, menor que os R$ 79,419 milhões apresentados no balanço incompleto no dia 1º de maio, e dentro da previsão de déficit de R$ 75 milhões no orçamento do ano em questão. Apesar da redução, segue sendo o maior déficit entre os clubes da Série A.
Com isso, o Flu chega a um déficit acumulado de R$ 468,974 milhões, o que resulta em um passivo a descoberto de R$ 183,082 milhões, já que a avaliação patrimonial do clube é de R$ 285,892 milhões.
Foram realizados ajustes nas demonstrações financeiras de 2016, último ano de mandato de Peter Siemsen. Na ocasião, foi apresentado um superávit de R$ 8,342 milhões, que após reanálise se transformou em déficit de R$ 13,457 milhões.
O balanço cita também a antecipação dos valores oriundos das vendas de Gerson à Roma e de Richarlison ao Watford. As duas últimas parcelas da venda de Gerson ao clube italiano tiveram as datas reajustadas para julho de 2018 e julho de 2019. O dinheiro seguirá direto para o fundo inglês envolvido na operação. No caso de Richarlison, com o adiantamento, o valor recebido pelo Flu caiu de 6,25 para 5,98 milhões de Euros devido aos juros.