Com a FERJ, pelo menos o empate

Fala, galera!

Às vésperas de um Fla x Flu, no início de março, falei aqui na coluna que o Campeonato Carioca estava à beira da falência. E não mudei de opinião, mesmo após os belos clássicos que estão sendo realizados dentro de campo e, obviamente, com o Fluzão atropelando seus adversários.

 
 
 

Poderia descrever inúmeras razões para constatar que a competição acabou, mas a publicação ficaria muito extensa. Na anterior, detalhei bem meu pensamento a respeito. O foco agora é no financeiro. Basta ver os seguidos prejuízos dos clubes com a realização das partidas do Estadual para perceber que somente a federação de futebol do estado lucra, em praticamente todos os eventos.

Uma pincelada:

Fluminense e Botafogo têm prejuízo com clássico no Engenhão; Ferj lucra

Botafogo x Fluminense foi o jogo com o maior prejuízo do Estadual

Entre os grandes, Flu é o único que teve prejuízos em todos os jogos do Carioca

Prejuízo dos clubes, lucro da Ferj: Veja os números do Carioca até a 4ª rodada

Precisa mais?

Essas são algumas das matérias que publicamos sobre o assunto durante o Estadual de 2017. O que eu proponho é simples: COM A FERJ, PELO MENOS O EMPATE. Os times não podem ser lesados por uma competição mal administrada e de responsabilidade dela e dos clubes menores. Esses, como diz o funk que bomba no momento, “meu fechamento é você”.

Responsabilidade dos clubes menores? Sim! Os pequenos, somados às ligas amadoras, que também têm direito a voto, juntos, são maioria. Mesmo unidos, Fluminense, Flamengo, Botafogo e Vasco seriam voto vencido nos arbitrais e nada fazem para mudar a organização do Campeonato Carioca. O sistema precisa mudar. E se não mudar? Com a Ferj, pelo menos o empate. Ou seja, se houver prejuízo, que a Federação cubra o rombo dos cofres dos clubes. Como disse o presidente Rubens Lopes ao site oficial da instituição:

“Aqui é a embaixada dos clubes”

Dinheiro e lucratividade há para isso. Não tenho acesso aos balanços da FERJ, mas com uma consulta ao Google, pai da Internet, chegamos a alguns números. Em matéria publicada no site da ESPN, apenas na cobrança de taxas de 10% sobre a renda bruta nos 126 jogos da competição em 2015, a entidade arrecadou cerca de R$ 2,5 milhões. E tem mais! Em jogos dos clubes cariocas realizados na cidade do Rio de Janeiro, mesmo por outras competições regionais, nacionais ou internacionais, a entidade cobra um percentual dos clubes para a realização das partidas.

Nada mais justo que a FERJ cubra quaisquer prejuízos dos clubes em eventos realizados por ela.

Por hoje é só! Saudações!