Quase deserto. Numa noite onde um dos temas mais importantes para a atual temporada, o orçamento, foi debatido e aprovado, mais um “show” de ausências por parte dos membros do Conselho Deliberativo (CDel). Apenas 30 pessoas compareceram na reunião que definiu pelo encolhimento do orçamento em 12% se comparado com o do ano anterior: passou de R$ 242 milhões para R$ 212 milhões.
Embora o presidente do CDel, Fernando César Leite, não tenha aberto contagem dos votos, cerca de 10 pessoas sinalizaram contra, enquanto cinco não se manifestaram e os outros foram favoráveis. Essa pouca diferença ocorreu, sobretudo, por conta de alguns pontos questionáveis.
O orçamento o orçamento não prevê aumento na quantidade de sócios e escolinhas, ou seja, dando a entender que o clube está parado nesse sentido. Adicione ainda o fato da expectativa de uma arrecadação ainda menor com o clube social. Em contrapartida, a previsão é dobrar as receitas com marketing, passando de R$ 18 milhões para R$ 36 milhões nesta temporada, o que surpreende, posto que o clube ainda não possui patrocínio master.
Passando por muitos problemas financeiros, o Fluminense diminui o orçamento, também, por questões técnicas e esportivas, embora os números sejam sempre revistos para baixo, na expectativa de se conseguir boas vendas e conquista de títulos, que rendem prêmios em dinheiro e exposição consequentemente. Vale ressaltar que, nesta temporada, o Tricolor receberá R$ 20 milhões a menos de receitas de TV, devido a nova distribuição.
Por fim, são esperados gastos na casa de R$ 140 milhões com o futebol, enquanto que a soma do backoffice, sede e projetos olímpicos bate R$ 41,5 milhões. O pagamento de dívidas das administrações passadas e da administração atual não foram destrinchados na reunião.