Inimigos declarados, Flamengo e Fluminense estudam com cautela nos bastidores formas de derrubar o poder do presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes. E uma delas, segundo o colunista do jornal Extra Gilmar Ferreira, é acionar o Ministério Público (MP).
No passado, esse tipo de ação afastou justamente o antecessor de Rubinho na Ferj, Eduardo Vianna, o Caixa D’Água, em outubro de 2004. Na ocasião, o dirigente foi acusado por desvio de renda promotora Márcia Velasco, da 23ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos do MP, após diligências do delegado Ricardo Codeceira, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).
Por conta disso, os suspeitos de envolvimento foram afastados preventivamente e responderam pelos crimes de formação de quadrilha, fraude processual, estelionato e falsidade ideológica. À ocasião, o maior beneficiado foi justamente Rubinho, vice do Caixa D’Água, assumindo interinamente por dez meses.
Eduardo Vianna ainda voltaria ao poder munido por uma liminar em junho de 2006, mas faleceu apenas dois meses depois. A partir daí, começou a aliança de Rubens Lopes com Eurico Miranda, que o apoiou, enquanto Flamengo e Fluminense eram adeptos da candidatura de seu opositor, o candidato Hildo Nejar.
Desde a reeleição de Rubinho, em março do ano passado, os clubes vêm estudando uma maneira de destroná-lo.