Atrasar salário tem sido rotina no Fluminense desde o ano passado, porém, na última semana, a crise financeira atingiu novo estágio. Por falta de pagamento, o plano de saúde do elenco e funcionários chegou a ser cortado – situação já resolvida pelo clube. Jogadores passaram a falar publicamente, garantem empenho, mas cobram prazo para a direção quitar a pendência. Mesmo sem definir quando, o presidente Pedro Abad prometeu solucionar o caso. Funcionários têm um mês de CLT em atraso, e o plantel, um de CLT e dois de imagem.
De 2015 para cá, o Botafogo ficou anos sem deixar de cumprir com seus vencimentos, mas desde maio da atual temporada que os salários estão ficando atrasados em General Severiano. Sem conseguir atingir as metas do orçamento, a diretoria vem usando o diálogo com jogadores e funcionárioa para contornar a situação. Nesta semana, após receber o patrocínio da Caixa Econômica Federal, quitou os valores de CLT e imagem de julho. Porém, os de agosto vencem na próxima segunda-feira, e o clube ainda não tem o dinheiro para evitar um novo atraso.
Os dois clubes precisaram recorrer a empréstimos recentemente com empresas provadas para cumprir com suas obrigações. O Fluminense pegou R$ 3 milhões com a Lecca, uma empresa de crédito empresarial para pagar o mês de abril, enquanto o Botafogo obteve R$ 8 milhões com o Banco Daycoval para quitar o mês de junho e a dívida com o Profut para tirar a Certidão Negativa de Débito (CND), necessária para assinar o patrocínio com a Caixa.