Após as inaugurações das arenas para a Copa do Mundo do ano passado, os clássicos cariocas no Campeonato Brasileiro acabaram virando um lucrativo produto de exportação. Desde 2013 para cá, foram disputados 20 jogos entre grandes do Rio na competição e sete deles (35%) acabaram sendo fora do estado.
Destes sete, só um não foi em uma arena da Copa: Vasco e Fluminense, em 2013, na Ressacada, em Florianópolis. Na ocasião, o rival, mandante do jogo, havia sido punido com a perda de mandos de campo. Os demais foram espalhados por Mané Garrincha, em Brasília, Arena Pernambuco, Arena da Amazônia e Arena Pantanal, em Cuiabá.
As razões para o deslocamento são muitas e vão desde o racha de alguns clubes com o Consórcio Maracanã, as taxas para se jogar no estádio e, claro, as vantajosas propostas vindas destas praças.
Os sete clássicos disputados longe do Rio geraram cerca de R$ 14,2 milhões em bilheterias e tiveram 195.247 torcedores pagantes.
Ainda assim, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) seguiu lucrando, pois tem o direito a 10% da renda bruta de cada partida.