Foto: Divulgação/Fortaleza EC

Ex-presidente do Fortaleza e agora CEO da SAF do clube nordestino, Marcelo Paz deu mais detalhes da venda de Hércules para o Fluminense. O dirigente do Leão do Pici cedeu entrevista para o programa ‘Central do Mercado’, do canal Globo Esporte na plataforma Youtube, nesta segunda-feira (23):

Marcelo Paz revela bastidores da venda de Hércules

– Ainda teve muita gente que achou a negociação do Hércules ruim, é impressionante. Compramos por 200 mil e vendemos por 29 milhões. Nós trouxemos o Hércules para o sub-23, não era um atleta ainda pronto. Jogava no Atlético Cearense, clube menor aqui do estado, formador. Tinha saído daqui o Ederson, que hoje tá aí brilhando no Atalanta (da Itália). E aí a gente coloca o Hércules pra substituir o Ederson, olha só que loucura, ninguém conhecia naquele momento, e ele desenvolve tudo que desenvolveu, vai bem, faz gols, joga Libertadores, e aí já começa aquela especulação de venda, né, será que vai ter uma venda pro Hércules? ‘Quanto é que vai ser?’ Lógico que a gente começa a ouvir o mercado. Vira o ano, continua bem, aí vem uma lesão, ligamento cruzado. Que quando tem uma lesão, o que que acontece? Dúvidas, né? O mercado começa a olhar com dúvida, por que será que ele volta igual? Será que ele vai performar da mesma maneira? ‘Ah, que pena! Era o momento da vida dele.’ E ele recupera, volta mais forte, volta bem. E novamente o mercado começa a falar do Hércules. De um ano, um ano e meio vieram muitas sondagens para o Hércules – continuou:

Fluminense teve concorrência de clubes do exterior e também do futebol nacional

 
 
 

– Aí eu vou citar agora que já concluiu, né? Teve negociação com o Braga, de Portugal, com o Betis, da Espanha, com a Salernitana, da Itália, com o Austin, dos Estados Unidos. Nada disso se concretizou. O número que o Fortaleza pedia pelo Hércules era de 5 milhões de euros por 70%. Esse valor que a gente sempre pediu e nunca veio. Segurava e não chegava. Recentemente um time do Brasil propôs três e meio (milhões de euros). Não, três e meio não vou fazer. Voltei com quatro e meio, já que eu sabia que cinco não estava andando. E esse clube não sinalizou os quatro e meio, e aí numa conversa com o Mário (presidente do Fluminense), meu amigo, a gente bate bola, troca ideia. Ele disse, por quatro e meio eu vou. E aí negociamos o fluxo, o fluxo mais favorável ao Fortaleza. Ele aceitou e o negócio saiu. Então essa é a história do negócio. Tentamos cinco milhões de euros por bastante tempo, não veio, trabalhamos em mercados diferentes e fizemos por quatro e meio, que entendemos ser uma ótima venda.