Sem papas na língua. Assim foi a reação de Celso Barros ao comentar a entrevista de Mário Bittencourt, dada nesta quarta-feira, ao O Globo e, também, ao analisar as plataformas de campanha do advogado e de Pedro Abad. Presidente do Fluminense, Peter Siemsen também não foi aliviado pelo ex-mandatário da Unimed que salientou, dentre outras coisas, o que ele chamou de recuou dos adversários quanto a ideia de estádio próprio.

Confira:

 
 
 

“Sobre a entrevista do Mário Bittencourt, divulgada hoje pelo jornal O Globo, dois pontos me chamaram a atenção:

1 – Reúna seis pessoas para debater futebol e tente o consenso. Você verá que é impossível. Então, imagine o que seria aplicar o modelo de gestão do departamento de futebol do Fluminense proposto pelo candidato Mário Bittencourt, e também pelo candidato Pedro Abad. Conheço futebol e a velocidade que ele pede para as decisões. Por isso, um modelo de gestão de um clube de futebol é presidencialista. O presidente decide. Pode até ouvir com rapidez as opiniões, mas decide e precisa assumir as consequências das decisões. A ideia de ter um comitê ou comissão formal para tomar decisões só terá uma vantagem: o presidente empurrar para os outros as decisões erradas ou ruins. Assim como tem feito sempre o Presidente Peter Siemsen. Essa é a marca dele, que ele transfere para os dois candidatos que aprenderam com ele a fazer futebol.

2 – Outra. Quem leu a entrevista do O Globo percebeu que ele já se distancia da proposta mirabolante de fazer um estádio. Quem acompanha as entrevistas do Presidente Peter e do candidato dele Pedro Abad percebe que eles abandonam aos poucos a proposta de um estádio também. Pedro Abad, Peter e Mário Bittencourt confirmam o que eu digo desde o primeiro momento da minha campanha e reafirmei no lançamento dela: a promessa de um estádio na próxima gestão foi pirotecnia eleitoral. As contas do Fluminense Football Club não permitem a aventura.”