CBF usará ranking para escalar arbitragem
Diante da saída de Wilson Luiz Seneme do comando da arbitragem brasileira, a CBF anunciou a criação de um ranking de árbitros, que será implementado já neste primeiro semestre de 2025. A iniciativa, por sua vez, pretende identificar os árbitros em melhor momento com base em desempenho e histórico recente.
A avaliação será feita por uma comissão de arbitragem, e o ranking será atualizado ao longo da temporada, destacando os profissionais com as melhores atuações. Rodrigo Martins Cintra, coordenador da nova comissão de arbitragem, explicou que tal medida servirá como um guia para escalar os melhores árbitros, mas ressaltou que, ainda assim, a análise técnica será fundamental.
— O ranking nos dá um balizamento para escalar os melhores árbitros naquele momento. Entretanto, sabemos que ranking é estatística, e a estatística fala do passado. Então, precisamos de uma equipe técnica afinada para entender se o árbitro está no momento oportuno para ser escalado. A ideia é qualificar a arbitragem, reduzindo erros e designando os mais bem ranqueados para as partidas mais relevantes.
A CBF anunciou uma nova estrutura para a arbitragem, formada por um colegiado de sete membros, sendo eles: Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Van Gasse, Fabrício Vilarinho, Luis Carlos Câmara Bezerra, Eveliny Almeida, Emerson Filipino Coelho e Rodrigo Martins Cintra, sendo o último o coordenador. Além disso, um comitê de consultores internacionais foi criado, com nomes conhecidos como o argentino Néstor Pitana, o italiano Nicola Rizolli e o brasileiro Sandro Meira Ricci, que farão avaliações semanais do quadro de arbitragem.
Em declaração dada para a CBF TV, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, destacou que a reestruturação foi planejada nos últimos meses e que também busca profissionalizar a arbitragem brasileira nos próximos dois anos.
— A CBF tira o papel de um condutor apenas e expande para que pessoas com total conhecimento trabalhem em conjunto pela melhor solução para o futebol brasileiro (…) De agora a até 24 meses, a gente (quer) ter um projeto bem estruturado e discutido para que a CBF possa apresentar à Câmara e ao Senado aquilo que já está na lei há muito tempo, mas não houve regulamentação, da tão sonhada profissionalização (da arbitragem).