A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta segunda-feira (21), a análise da arbitragem no lance do suposto pênalti não marcado para o Fluminense diante do Vitória, na noite do último domingo (20), no Maracanã.
O lance aconteceu aos 27 minutos do segundo tempo. Após arrancar em velocidade, Jhon Arias foi ao solo reclamando de um puxão de Lucas Halter. No áudio, o ártibro Matheus Delgado Candançan, que estava no gramado, relata um “um contato de agarrão” dentro da área.
No entanto, ele afirma que apesar do meia do Fluminense sentir “o contato e ir ao solo”, o contato com o zagueiro adversário não impacta no lance. O árbitro de vídeo (VAR), onde estavam Marcio Henrique de Gois e a assistente Amanda Matias Masseira, confirma o entendimento da decisão do campo.
– “Não consigo ver nada de irregular. Está de frente, tem o contato, mas não há impacto. Para mim, não é o que impacta. Tem o contato tipo de um agarrão, mas é exatamente igual ao da outra área, ele sente esse contato e vai (ao chão). Quando ele corta, não é o que impacta. Ele sente esse contato e vai ao solo quando ele gira”, diz o árbitro.
– “Pode seguir a decisão de campo”, diz um dos membros presentes na cabine do VAR, na sequência.
– “Ele está em um processo de giro e isso potencializa a queda dele”, diz outra pessoa na cabine.
Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Renato Gaúcho expôs sua irritação com a decisão da arbitragem. O treinador, que na rodada anterior avalia elogiado os profissionais, na partida contra o Corinthians, subiu o tom nas reclamações.
– Quem apita os jogos hoje em dia é o VAR. Não sou contra, é uma coisa que veio para ajudar, mas pelo jeito prejudicar. Muitos do que estão lá no VAR, a CBF dá uma Ferrari para o Stevie Wonder pilotar. Essa é realidade, não é impossível o cara não enxergar um negócio dele. Ridículo o lance. Ridículo. No último jogo, eu elogiei o árbitro. Eu gostaria de chegar aqui, mesmo quando perco o jogo, elogiar a arbitragem. É inaceitável, no futebol brasileiro, o cara estar VAR para isso, com a máquina, e não ver o puxão na camisa do Arias. Só faltou ele tirar a camisa do Arias e levar para casa. No jogo, era para ter dado o pênalti. Já que o árbitro não viu, o VAR tá aí. Chego no vestiário e dizem que a CBF tem uma comissão. Um argentino, um italiano e um brasileiro. Para quê? Eles sabem da regra? Pelo visto, não. Eu sugiro a CBF a, toda semana, colocar dois ou três treinadores pra falar com a arbitragem.
