Por intermédio de sua coluna no jornal Extra online, o jornalista Gilmar Ferreira noticiou uma situação que pode trazer dor de cabeça e até conflitos entre os clubes e a CBF no Campeonato Brasileiro. Isso porque o Regimento Geral de Competições (RGC) da entidade, aprovado pelos participantes em reunião no dia 14 de fevereiro, impôs às agremiações um custo extra não mensurado no momento e só agora discutido em conversas paralelas entre executivos das instituições. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) foi uma das primeiras a fazer tal cobrança.
A CBF passará a cobrar dos mandantes de jogos o valor que ultrapassar o preço da meia-entrada. Um mês depois que os clubes se deram conta a respeito do impacto que tal medida terá nas receitas com bilheteria. A diferença precisará ser paga e terá de constar no borderô das partidas, aumentando a renda bruta e, consequentemente, a taxa de 5% à Federação local e mais 5% ao INSS, ambas incidindo sobre a arrecadação.
Com isso, os clubes que possuem planos de sócios com descontos acima de 50% no valor do ingresso, terão de pagar a diferença de cada entrada retirada com valor promocional. O Fluminense, junto a Vasco, Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Internacional e Bahia, tem categorias de associados com desconto de 100% nos jogos como mandantes.
Depois dos clássicos decisivos da Taça Guanabara, os dirigentes passaram a discutir o tema com maior profundidade. Nas contas dos executivos, há jogos cuja queda na arrecadação poderá chegar a R$ 10 milhões. Assim, estudam um jeito de pressionar a CBF para mudar o parágrafo 5° do Artigo 97 do 7° Capítulo do RGC, que ordena:
“Independentemente das políticas e valores adotados pelos clubes em seus programas de sócio torcedor, em caso de venda por valor abaixo da meia-entrada do respectivo setor, o clube responsável deverá lançar e complementar, no borderô, o valor correspondente à diferença da meia-entrada…”