A exibição horrorosa da última quarta-feira, quando empatou com o Ypiranga-RS, em Volta Redonda, não se repetiu. O Fluminense foi competitivo em Salvador. Teve chances de derrotar o Vitória, no Barradão, sofreu com a bola aérea do adversário, mas teve um Diego Cavalieri inspirado. No fim, novo empate, desta vez sem gols. Poderia ser diferente se a arbitragem não tivesse deixado de marcar pênalti claro em Samuel no segundo tempo.
Até os 20 minutos do primeiro tempo o Fluminense não viu a bola. Mal posicionado e sem conseguir trocar três passes, deixou o Vitória ocupar o terreno. Os donos da casa marcavam pressão e impediam a saída com qualidade. Para se ter uma ideia, Diego Cavalieri era o atleta do Tricolor que mais tocava na pelota.
O Rubro-Negro chutava a gol, usava os flancos e só não abriu o placar porque o goleiro do Flu praticou, pelo menos, duas ótimas defesas. Além disso, fazia o torcedor do time carioca levar as mãos à cabeça a cada bola alçada na área.
O desafogo do Fluminense era pelos lados, especialmente o direito, com Maranhão. O canhotinho incomodou a defesa baiana com sua velocidade e uma lucidez que faltava ao homem responsável pela criação das jogadas, Dudu. O camisa 23, exceto um chute na entrada da área que quase encontrou o caminho da rede, abusou dos passes errados.
Do lado esquerdo, era Marinho quem perturbava. Levou William Matheus à loucura com seus dribles rápidos, obrigando o lateral a fazer faltas e receber o cartão amarelo.
Bem marcados, Cícero e Douglas não obtiveram sucesso na distribuição de jogo e Magno Alves, pouco inspirado, nunca estava no lugar certo quando a bola rondava a área.
Samuel e Richarlison entraram nos lugares de Osvaldo e Magno Alves, respectivamente. E foi o Vitória quem assustou nos primeiros minutos do segundo tempo. Wellington Silva deu uma engrossada e Dagoberto tentou colocar e quase fez.
Mas as mexidas melhoraram a produção ofensiva do Fluminense. Nulo no primeiro tempo, o lado esquerdo teve uma considerável evolução com Samuel atuando por ali. Fez bem o corredor.
Foi através de Samuca que o Tricolor poderia ter aberto o placar. O atacante invadiu a área e foi claramente derrubado por Kanu. O árbitro ignorou. O Vitória continuava ameaçando através da bola aérea. O próprio Kanu e o centroavante Kieza eram tormentos para a zaga do Flu. Cavalieri continua salvando. A diferença é que as substituições deram vida ao setor ofensivo do tricolor, que era perigoso quando contra-atacava.
E o gol quase saiu, em escapada de Marcos Júnior, que entrou bem, para Maranhão. O ex-jogador da Chapecoense, cara a cara com o goleiro, perdeu, chutando em cima do grandalhão Caíque.
O Vitória, na base do abafa, tentou o gol. Deu espaços não aproveitados pelo Time de Guerreiros. E para desespero da torcida tricolor, o árbitro ainda encerrou o jogo antes que o time pudesse cobrar uma falta para área. Fim de papo em Salvador: 0 a 0.