Opiniões, especulações e, até o momento, pouquíssimos fatos. Mais um a dar pitaco sobre a polêmica do caso Héverton, o Mestre em Direito pela UERJ, advogado e professor do IBMEC/RJ, José Eduardo Junqueira Ferraz, destacou que o Ministério Público foi apressado ao comentar acerca de um suposto suborno no caso Héverton, que desencadeou o rebaixamento da Portuguesa, na temporada passada.
Confira o post do blog do jurista:
“Impressionantemente graves as afirmações do Ministério Público de São de Paulo, dando notícia de que o equívoco que resultou na queda da Portuguesa para a Série B, no Brasileirão do ano passado, foi proposital, doloso e premeditado.
De minha parte, confesso que reputo prematuro se afirmar categoricamente que houve pagamento de valores a dirigentes da Lusa, se o Ministério Público não tem elementos probatórios que indicam quem realizou o pagamento, qual o valor pago e a forma com que este se efetivou.
Sinceramente, parece-me um tanto quanto apressada esta confirmação da existência de suborno de dirigentes, se ainda não se sabe quem subornou, de quanto foi o suborno e como esse se deu!!!
Temos que ter muito cuidado, para que honras e imagens de inocentes não sejam irreversivelmente maculadas, visto que, como todos sabemos, nosso sistema jurídico garante o princípio da presunção de inocência a todo cidadão!
Todavia, o caso atingiu uma profundidade tal que, para o bem do esporte brasileiro, não só do futebol, a única certeza que se deve ter é que o inquérito tem que ter um fim, não havendo como se cogitar que esta dúvida feroz continue a habitar o imaginário dos apaixonados futebolistas!
Uma acusação dessa gravidade não pode ficar em aberto jamais!!!”