Eleito com o mandatário Mário Bittencourt, o vice-presidente do Fluminense, Celso Barros, quebrou o silêncio. Em entrevista o jornal O Globo, o dirigente, afastado do futebol, falou sobre os riscos do polêmico medicamento defendido pelo presidente do país, Jair Bolsonaro, para o tratamento da COVID-19.
– Com uma morte, o presidente [Bolsonaro] não queria que tivesse isolamento e que a população tomasse a cloroquina. Com 20 mil mortes, foi liberado pelo Ministério da Saúde o uso para pacientes no início da infecção. Isso não pode ser pautado como remédio salvador. Os trabalhos científicos comprovaram que não tem esse valor. Os pacientes podem evoluir bem ou não, mas o uso da cloroquina pode refletir em danos para a saúde. No início dos sintomas, isso pode trazer mais malefícios que beneficios, de acordo com os estudos feito ao redor do mundo sobre o uso da cloroquina. Como foi recomendado lá atrás, esses medicamentos ficam a critério do médico assistente, que no final é o responsável junto ao paciente pelas responsabilidades éticas e legais junto ao paciente e as suas familiares. É o médico quem se responsabiliza por isso – disse.