Germán Cano chegou ao Brasil em 2020 para defender o Vasco, onde ficou por duas temporadas. Posteriormente, foi para o Fluminense em 2022. Com o Tricolor, tem contrato até dezembro de 2025. Com os quatro gols feito na goleada de 7 a 0 sobre o Volta Redonda, no último sábado, superou a marca de 100 em território brasileiro. São 101 no total, sendo 58 pelo Flu. O portal ge divulgou um raio-x de como o centroavante encontrou o caminho das redes adversárias e as marcas quebradas pelo jogador.
Confira a análise completa:
Cano já fez gol de tudo que é jeito: de direita, de esquerda, de cabeça, de peito, de barriga, de perto, de longe, de pênalti… Mas teria o argentino alguma “especialidade” da casa? Os números mostram que sim. Como manda o manual do centroavante de ofício, a maior parte de seus gols são na grande área, 61,3%, enquanto 34,6% saíram na pequena área. E 59,4% foram de perna direita. Mas engana-se quem acha que a canhotinha do argentino serve só para andar: o pé “ruim” estufou a rede em 23,7% das vezes.
Na divisão dos gols por competição, Cano marcou a maioria deles na Série A do Campeonato Brasileiro: foram 40 até agora na Primeira Divisão nacional. Outros 34 foram no Carioca; 11 na Série B; oito na Copa do Brasil, cinco na Sul-Americana e três na Libertadores.
Sim, a fama é real! Dos 101 gols de Cano no futebol brasileiro, 80,1% foram com um toque na bola (incluindo sete em cobranças de pênaltis). Com a bola rolando, a maioria de seus gols de primeira foi de pé direito: 40. A canhotinha vem logo depois, com 18, seguida de perto pelos gols de cabeça: 14. Houve ainda um de peito e um de barriga.
E a característica apareceu tanto no Vasco quanto no Fluminense. No Tricolor ela é um pouco maior: 81% dos 58 gols foram de “prima”, enquanto com a camisa vascaína foram 79% das 43 bolas na rede.
No Fluminense: 47 / 58
No Vasco: 34 / 43
A fama de goleador de Cano também se faz presente nos clássicos: em 28 confrontos contra rivais, o argentino marcou 14 gols, média de um a cada dois jogos. Sua principal vítima regional é o Flamengo, arquirrival tanto de Vasco quanto do Fluminense: ele já estufou as redes rubro-negras seis vezes em nove partidas.
Mas não foi só o Flamengo que sofreu nas mãos… Ops, nos pés de Cano. O argentino marcou os 101 gols em cima de 44 adversários diferentes, e o São Paulo divide o posto com o Rubro-Negro da maior vítima do argentino no futebol brasileiro. Veja o ranking abaixo:
Cano desandou a fazer tanto gol no futebol brasileiro, que está tomando gosto também por hat-tricks (quando um jogador marca três vezes em uma mesma partida). O argentino conseguiu cinco até aqui, sendo um pelo Vasco e quatro pelo Fluminense. Veja abaixo:
Vasco 3 x 1 Macaé (Campeonato Carioca)
Oriente Petrolero-BOL 1 x 10 Fluminense (Sul-Americana)
Fluminense 3 x 1 São Paulo (Campeonato Brasileiro)
Fluminense 3 x 0 Audax-RJ (Campeonato Carioca)
Fluminense 7 x 0 Volta Redonda (Campeonato Carioca)
Contra o Volta Redonda, Cano foi além do hat-trick e conseguiu o seu primeiro poker-trick da carreira: quando um jogador marca quatro gols em um mesmo jogo.
Apesar de tantos gols, Cano só começou a ganhar a artilharia de campeonatos no ano passado. Com 26 gols, ele foi o goleador isolado do Campeonato Brasileiro, e com cinco, dividiu o posto com Giuliano, do Corinthians, na Copa do Brasil. Nesta temporada, ele está liderando a artilharia que falta em competições do país: o Estadual. Com 14 gols, ele está no topo da artilharia do Carioca, seis a mais do que Pedro, do Flamengo, seu concorrente mais próximo que ainda segue na disputa.
Com as camisas de Vasco e Fluminense, Cano vem quebrando marcas e batendo recordes com seus gols. Veja abaixo:
Com seus 44 gols em 2022, Cano passou de “braçada” Magno Alves, que liderava o ranking dos artilheiros tricolores por temporada no Século XXI com 39 bolas na rede em 2002.
Em 2022, Cano também superou o seu compatriota Doval, da Argentina, que marcou 39 vezes no longínquo ano de 1976 e foi o recordista gringo dos goleadores por temporada do clube durante 46 anos.
Com 26 gols no Campeonato Brasileiro de 2022, Cano também se isolou como o maior artilheiro estrangeiro de uma mesma edição da Série A na era dos pontos corridos. O argentino superou o colombino Aristizábal, que marcou 21 pelo Cruzeiro em 2003.
Com os 26 gols no Campeonato Brasileiro de 2022, Cano também se tornou o maior goleador da era dos pontos corridos da Série A em uma mesma edição no atual formato, com 20 clubes, que começou em 2006. Ele deixou para trás Gabigol, do Flamengo, que fez 25 pelo arquirrival em 2019.
Top 3 artilheiros do Fluminense no Século XXI:
Em apenas um ano e três meses com a camisa tricolor, Cano já entrou para o Top 5 dos artilheiros do Fluminense no Século XXI em números gerais (somando todos os anos desde 2001). Com 58 gols, o argentino passou o seu compatriota Conca, que fez 56, e está só atrás de Magno Alves e Fred:
Com os 58 gols até aqui, Cano também entrou no Top 5 dos artilheiros estrangeiros da história do Fluminense. Mais um gol ele empata com o ídolo tricolor Romerito. E se continuar nesse ritmo tem tudo para passar o compatriota Doval ainda em 2023:
No Vasco, Cano também atingiu algumas marcas. Como por exemplo ter se tornado o segundo maior goleador estrangeiro do clube de todos os tempos. Com 43 gols em dois anos, ele superou o paraguaio Silvio Parodi, que fez 37 entre 1954 e 1956, e só ficou atrás do uruguaio Villadoniga, que marcou 40 a mais entre 1938 e 1942.
Além disso, antes de deixar o Vasco, Cano também entrou para a lista dos cinco maiores goleadores do clube neste século. Ele ultrapassou Yago Pikachu, que tinha 40, e ficou atrás de Leandro Amaral, Élton, Nenê e Romário: