O Fluminense, aos poucos, conquista a confiança de seu torcedor. E que tal um troféu para solidificar essa relação com uma goleada? Organizado e contando com Júlio César e Pedro inspirados, derrotou o Botafogo por 3 a 0, neste domingo, no Maracanã, e é o campeão da Taça Rio. Pedro, Marcos Júnior e Jadson marcaram os gols que garantiram a conquista do returno de maneira invicta para o Tricolor.
Agora, o time de Abel Braga encara o Vasco na quinta-feira, às 21h, no Maracanã, pelas semifinais do Estadual podendo empatar para disputar a decisão a partir do próximo fim se semana.
Pelas declarações antes do jogo, esperava-se um Botafogo retraído, deixando o Fluminense com a bola, espreitando no contra-ataque. O que ocorreu, no entanto, foi o inverso. No início do clássico, quem tomou a iniciativa foi a equipe do técnico Alberto Valentim, que teve duas grandes oportunidades.
Na primeira, Júlio César, atento, espalmou em chute forte de Marcus Vinícius que tinha endereço certo. Poucos minutos depois, Ibañez marcou a bola e Brenner não acreditou, tocando fraco. O Tricolor incomodava em ultrapassagens em velocidade de seus alas e respondeu da melhor forma.
Ayrton Lucas iniciou a jogada, tocou para Sornoza. O equatoriano devolveu e o ala esquerdo rolou para Pedro no meio. O centroavante, de primeira, finalizou, Jefferson ainda tocou nela, mas não pôde evitar o gol tricolor: 1 a 0.
O gol colocou ainda mais fogo no jogo. O Botafogo já tinha a bola e passou a ser mais ofensivo, enquanto o Fluminense explorava os contra-ataques. Gilberto e Ayrton tinham liberdade, mas faltou capricho no último passe e um melhor senso se colocação dos atacantes. Mas quem brilhou no Tricolor foi Júlio César.
O Alvinegro fez uma verdadeira blitz e o goleiro comprovou a excelente fase com, pelo menos, três defesas difíceis. O Fluminense dava espaços em demasia pelos lados e também na intermediária. Quando Júlio César não fechava o gol, a limitação dos próprios jogadores botafoguenses se encarregavam de aliviar o perigo tricolor.
Com a bola, o Fluminense conseguia evoluir, embora sentisse falta de Jadson no início da construção das jogadas. Discreto, o volante não repetiu a atuação do Fla-Flu. Defensivamente, os comandados de Abel vacilavam na marcação. O Bota pressionava tanto em jogadas aéreas, quanto com a bola no chão.
Os times voltaram com a mesma formação para o segundo tempo e ao contrário da etapa inicial, o Fluminense ajustou a marcação. Aquela liberdade que o Botafogo encontrava já não existia e o Flu, que já fazia bom jogo com a pelota dominada, sobressaiu.
Logo aos dez minutos, Pedro recebeu pelo alto e, inteligentemente, passou de peito para Marcos Júnior. O Kuririn tocou com categoria na saída de Jefferson: 2 a 0 para o Fluzão e Kamehameha!
A partir daí, o Flu se fechou, aproveitou os contra-ataques que surgiram e teve oportunidades de ampliar. Pelo menos quatro claras. Na última, Pedro deu um passe genial para Pablo Dyego, que achou Jadson. Com categoria, colocou a bola no fundo da rede. Catarse no Maraca. Vitória com autoridade do campeão da Taça Rio!
FLUMINENSE: Júlio César; Renato Chaves, Gum e Ibañez; Gilberto (Léo), Richard, Jadson, Sornoza (Douglas) e Ayrton Lucas; Marcos Júnior (Pablo Dyego) e Pedro.