A insistência do Flamengo, que ganhou o apoio da CBF, para mandar o jogo contra o Bragantino pelo Campeonato Brasileiro, no dia 28 ou 29 de outubro, no Maracanã, tem causado incômodo em todos os lados, conforme mostra reportagem do site ge. Tanto os representantes da Conmebol quanto os do Fluminense já mostram a insatisfação com a crise inesperada pouco antes da decisão da Libertadores, marcada para o dia 4 de outubro.
Na costura por um possível acordo, a CBF elencou para a Conmebol as razões para da mudança de planos do Flamengo. O presidente da entidade nacional, Ednaldo Rodrigues, viajou a Luque, no Paraguai, para uma reunião na sede da confederação sul-americana.
Havia um acordo para o Fla encarar o Bragantino na Data-Fifa. Assim, não teria qualquer problema com o planejamento da final da Libertadores. Mas a CBF alertou para o critério dos três jogos fora de casa que o Bragantino terá de fazer se houvesse o adiantamento da partida, concordando assim com o lado rubro-negro.
O Maracanã foi palco da decisão da Libertadores de 2020 (realizada em janeiro de 2021 por conta da paralisação das competições no ano anterior em virtude da pandemia de Covid-19). Diferentemente daquela vez, na qual Palmeiras e Santos foram os finalistas, a Conmebol solicitou o estádio ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. Houve a concordância do dono do equipamento público, sob gestão de Fluminense e Flamengo desde 2019, mas com bem menos condições e concessões.
Na final daquele ano, por exemplo, houve assinatura de contrato com o Governo, publicado no Diário Oficial do Estado, o que desta vez não ocorreu. Há ainda um impasse na gestão dos camarotes. A Conmebol terá direito a todos os camarotes do 3º andar no lado Oeste, mas o consórcio Maracanã negocia os do lado Leste e os do 2º andar. Os preços estão na casa dos 1,5 mil dólares por assento – são 20 lugares por camarote. O que significa que um camarote pode sair por R$ 150 mil. Mas nem as vendas nem os valores ainda começaram.