Lima fechou por três temporadas com o Fluminense (Foto: Divulgação - FFC)

O Fluminense já anunciou oficialmente quatro reforços para a temporada (o quinto será Keno). Três contratações foram confirmadas na última terça-feira. Um deles é Lima, meia de 26 anos, adquirido junto ao Ceará num investimento de aproximadamente R$ 3 milhões. Ele assinou até o fim de 2025.

Lima já tem certa rodagem e viveu grandes momentos pelo Ceará, onde, inclusive, jogou com o lateral-direito tricolor Samuel Xavier. O meia também oscilou na carreira até aqui e não chegou a brilhar em outros clubes, segundo recorda reportagem do site ge.

 
 
 

O jogador foi um pedido do técnico Fernando Diniz. Natural de Araçatuba, no interior de São Paulo, foi formado na base do Grêmio. Como havia muitos outros Vinícius, passou a ser chamado pelo sobrenome “Lima). Era da mesma geração de Everton Cebolinha, com quem era parceiro dentro e fora de campo.

Seu companheiro estourou mais rápido no profissional. Lima foi emprestado ao Mallorca, da Espanha, onde atuou no time B em 2016 e ao Ceará, em 2017. Teve maior sequência pelo time gaúcho sob o comando de Renato em 2018, quando chegou a ser escalado como surpresa na final da Recopa Sul-Americana. Foi titular contra o Independiente, da Argentina. No entanto, foi mal assim como todo o time e terminou sacado no início do segundo tempo. Na partida de volta, entrou no segundo tempo. Naquela temporada, fez 21 jogos, saindo em dez delas do banco e não marcou nenhum gol.

– O meia fez parte final da formação no Grêmio e era da geração de nomes como Everton Cebolinha, hoje no Flamengo, e Arthur, no Liverpool, entre outros. Não era dos mais falados daqueles grupos, mas recebia elogios. O Grêmio usou Lima em uma parceria com o Mallorca, da Espanha, para um período de empréstimo. Na transição para o profissional, viveu momentos sem tantas chances e brilhou mais quando cedido ao Ceará. Em 2018, chegou a ser surpresa na Recopa ao ser titular contra o Independiente, na Argentina. Até recebeu mais oportunidades no primeiro semestre, mas acabaria emprestado ao Al Wasl naquela temporada – lembrou Eduardo Moura, setorista do Grêmio no ge.

Se no Grêmio Lima não vingou, no Ceará fez sucesso. Em sua primeira passagem, em 2017, foi um dos destaques na campanha do acesso para a Série A. Na segunda, após voltar dos Emirados Árabes, oscilou e responsabilizou a parte física, pois no Oriente Médio não tem a mesma cobrança. Recuperou-se em 2020 e foi adquirido em definitivo no ano seguinte.

Pelo Ceará foram 182 jogos, com 25 gols e 19 assistências. Por lá, entendeu-se bem com Samuel Xavier. No clube, também aprendeu a ser versátil. Jogava na penúltima linha de um 4-2-3-1. Iniciou centralizado e passou a atuar posteriormente aberto pela esquerda. Nos últimos anos, jogou do lado direito. ALém disso, passou a ser o homem das bolas paradas. Batia as faltas diretas ao gol ou as para serem lançadas na área.

– Em 2022, Lima completou cinco anos da estreia pelo Ceará. Em 2017, foi titular absoluto e peça essencial na campanha de acesso à Série A, com cinco gols marcados e cinco assistências distribuídas em 22 jogos. Em 2020, fez o ano mais artilheiro da carreira, marcando nove gols (fora as cinco assistências). No ataque alvinegro, sempre foi titular absoluto. Atuava tanto pelo meio quanto pela ponta direita, com boa qualidade de passe e finalização. Era também responsável pela bola parada, tendo feito gols importantes de falta pelo Vovô – explicou Juscelino Filho, setorista do Ceará no ge.

Lima é bom de grupo, mas tímido diante das câmeras. A escolha pela camisa 45 é por superstição. Usa o número que marcou sua estreia profissional, no Grêmio. Recentemente, ao site oficial do Ceará, afirmou usar tal número por pretender encerrar a carreira aos 45 anos.