O tema esportes olímpicos, volta e meia, vira motivo de debate no Fluminense. Na última terça-feira, o conselheiro Marcelo Souto, que tentou, sem sucesso, candidatar-se à presidência do clube na última eleição, entrou com um requerimento para o fim destas modalidades no Tricolor. Por sua vez, Mário Bittencourt discorda. O presidente atribui a uma motivação política tal iniciativa. De acordo com o mandatário, o futebol é e sempre será o carro chefe. Porém, não há justificativa para se encerrar outras práticas.
Bittencourt foi além e garantiu que, apesar da situação financeira complicada do clube, o futebol ainda é superavitário.
— Fiquei sabendo ontem (quinta) à noite. Vejo o requerimento de caráter político. Não há porque a gente extinguir ou paralisar ou injetar recurso em setor nenhum do clube sem ter avaliação de quanto custa tudo e a relevância de quanto temos de receita de cada departamento. É fato público e notório que o Fluminense é futebol clube. Toda grande parte da receita é oriunda do futebol e assim será para todo o sempre. O departamento de futebol do Fluminense operacionalmente, sempre digo isso, vai dar sempre resultado positivo. A questão é que a quantidade de dívidas construídas no passado, especialmente por decisões equivocadas, não aproveitamento de boas parcerias… A dívida come mais de 50% da receita ordinária do clube e, se jogar a dívida dentro do balanço, tudo dá prejuízo. Mas, operacionalmente, o futebol é superavitário. Ele fatura mais do que gasta. Dar lucro não significa que tem dinheiro suficiente para que a gente possa investir – explicou.