Dirigentes dos clubes brasileiros, entre eles Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, participaram de uma reunião na tarde desta quinta-feira, na CBF, para tratar a questão dos clubes-empresa. Eles redigiram uma carta em conjunto. Pelo menos no momento, eles não querem levar adiante o projeto de lei proposto pelo deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ). O parlamentar gostaria de levar o texto à votação na Câmara até a segunda quinzena deste mês, antecedendo a reforma da Previdência.
Os clubes entendem que não é necessário correr com o projeto. Muitas das questões tratadas não agradam.
– Existe um consenso de que há uma insegurança grande nas alterações propostas. O projeto não é uma demanda que surgiu do futebol. A discussão não começou através dos clubes. Ela foi trazida de fora para dentro. Acho até que falta legitimidade para isso. É preciso ter uma discussão mais ampla para termos um denominador comum – pontuou o presidente do Vasco, Alexandre Campello, que foi o porta-voz após a reunião na CBF.
Além de Mário Bittencourt, participaram do encontro representantes de Palmeiras, Botafogo, Chapecoense e Internacional. Campello, do Vasco, será o responsável por dar a Pedro Paulo um retorno sobre a posição dos clubes.
Como há muitos itens que ainda causam preocupação no ponto de vista da viabilidade para os clubes, a intenção de momento é que haja um amplo debate antes de se ir à frente com a questão.
– Por que essa urgência? Por que agora resolveram que têm que salvar os clubes? Os clubes não estão discutindo isso. Por que fazer de maneira açodada, sem um amplo debate? – questionou Campello.