Recém-empossado presidente do Fluminense, Mário Bittencourt assumiu um clube com muitos problemas para gerir. Situação essa que já sabia de antemão. Agora, em meio ao planejamento para 2020, o mandatário reconhece as dificuldades. Ele destacou, por exemplo, o fato de ter metade do elenco com o contrato por encerrar e o fato de muitas receitas já terem sido antecipadas.
— Importante falar em planejamento porque costumo dizer nas minhas coletivas que não olhamos para trás. Desde que ganhei a eleição não fico querendo trazer coisas que foram feitas no passado. Entretanto, estamos tendo sido, de maneira injusta por algumas pessoas, fazendo uma política destrutiva, atacados por algumas situações que sequer fizemos. Não quero que jogue no nosso colo aquilo que não participamos. Entramos faltando um jogo para a paralisação da Copa América, tivemos um mês para analisar o que foi feito, mas o panejamento de 2019 foi construído anteriormente dentro das possibilidades do clube. O elenco tem quase 50% de contratos que se encerram no fim do ano e isso traz dificuldade para administrar. Muitos performaram e obviamente recebem propostas. Nenhum deles posso garantir se acertou fora daqui. Estamos em conversa com todos, mas a gente precisa de algumas definições principalmente em alcançar a nossa performance para definir renovações e planejar o elenco. Temos um esboço sim do que queremos para 2020. Mas antecipo que as dificuldades são muito grandes. Chegamos em junho/julho com quase 90 dias de atraso, nenhum imposto pago. Com contrato de TV assinado até 2024 pelo presidente anterior ao último. Todo o contrato antecipado por empréstimo que foram pagos e penhoras. Faço uma analogia. Recebemos um automóvel de altíssima qualidade, com o tanque vazio e com 100 reais para ir a São Paulo e temos que nos livrar para concluir o percurso. Obviamente que sabíamos que a situação é gravíssima, trabalhando incessantemente para cumprir os compromissos. Com quatro meses de gestão, a gente pagou cinco meses de salário, mas temos de fazer escolhas. Em reunião interna, disse que nossas decisões e critérios de escolhas causam injustiças. Todos os dias – reconhece.