Ídolo da história recente do Fluminense, Fred, que estava no clube desde 2009, foi negociado com o Atlético-MG. Candidato à presidência do clube, Mário Bittencourt não gostou de tal negociação. Ex-advogado e também vice de futebol tricolor, ele aponta não só o lado técnico, mas também o institucional por perder um jogador tão identificado.
– A saída do Fred ela passa pela questão institucional, pelo conceito. Só existiam dois jogadores no Brasil com essa história: o Rogério Ceni e o Fred. Só dois clubes do Brasil tinham essa riqueza. Ou seja, um vínculo de um excelente jogador com a instituição. O do São Paulo se encerrou pela aposentadora do Rogério e perdura na relação comercial que tem hoje. Quando nós renovamos o contrato do Fred, e quando digo nós, o Fluminense, eu e o presidente, que assina o contrato, o projeto era semelhante ao do Rogério. Se cumprisse todo o contrato, o Fred faria dez anos de Fluminense e seria transformado num grande ídolo da história do clube na era moderna e o Fluminense continuaria se relacionando como uma marca. Então a saída dele faz com que o Fluminense perca uma marca que só ele e o São Paulo tinham recentemente. Foi o primeiro erro grave, pois não estamos falando só de campo, mas de marca, história. A relação contratual do Fred com o Atlético vai até o fim de 2018 e ficar de bravata dizendo que vou trazer, não tenho a menor ideia. Mas se não for algum jogador que não tenha passado pelo Fluminense, com história, podemos trazer outro. Vai ser difícil criar um elo assim novamente. Trazer ídolos faremos, mas será difícil igual à relação do Fred – comentou.