Michael pediu para rescindir o contrato com o Fluminense e, pelo menos por enquanto, parar de jogar futebol. Como teve um passado conturbado, é normal que se especule se ele não voltou a fazer nada de errado. E Mário Bittencourt o defende. Advogado e vice de futebol tricolor, o dirigente garante a sobriedade do atacante, mas defende uma discussão sobre o tipo de punição aos jogadores que são pegos no exame antidoping pelo uso de drogas.
Na visão de Bittencourt, o gancho pesado que Michael pegou e outros costumam levar neste tipo de caso é desmedido e atrapalha o atleta.
– Talvez não estejamos falando só de um atleta não, talvez até um ser humano nessa briga em relação às drogas e os problemas psicológicos que as drogas causam nele. Ele nos pediu para parar, porque não estava sentindo bem. Ele não vinha usando drogas. Ele se manteve rígido. Os abalos psíquicos que ele teve foram muito grandes. Se alguém de fora do Brasil estiver vendo, acho que temos de abrir uma discussão ampla. Alijar o jogador da sua prática profissional em razão do uso de drogas, colocando no mesmo quadrado do atleta que se vicia numa droga, usa remédios… O efeito da cocaína dura dez minutos e depois só altera a performance do atleta para pior. Não é para beneficiá-lo no jogo – disse.