Em tempos de grande insegurança nos estádios, com brigas constantes e até assassinatos, torcidas como a Bravo 52, do Fluminense, e Nação-12, diferenciam-se pela maneira de torcer. Inspiradas nas “barras” sul-americanas, as duas são pacíficas e apoiam os seus clubes de coração incondicionalmente, cantando nas vitórias e derrotas.
As duas torcidas têm algo mais em comum. Ambas foram fundadas em 2009. No caso da Bravo 52, foi formada por ex-membros da Legião Tricolor, grupo com a mesma ideologia.
– O apoio se dá com músicas que exaltem o clube, melodias que contam detalhes de nossas conquistas. Além disso nosso uniforme é a camisa oficial, promovendo nosso pavilhão e incentivando o torcedor a se associar — conta o tricolor Igor Matos.
Diferenciadas, as torcidas querem uma aproximação e evitar brigas nos estádios. Por isso, em breve sairá do papel uma Associação das Barras do Rio de Janeiro.
-A criminalização da cultura torcedora e as punições aos CNPJs e não ao CPF não resolvem o problema da violência nos estádios e atingem todas as torcidas. Tentamos estabelecer trabalho de base e busca de diálogo até mesmo com nossos rivais e da Associação das Barras do Rio de Janeiro, que estamos criando com a presença das Barras de outros times – explica o rubro-negro Diego.