O discurso de dar mais transparência às contas do clube tem sido frequente no Fluminense. Porém, na prática a história já é outra. Tanto que se expirou às 23h59 da última segunda-feira o prazo para a publicação das demonstrações financeiras de 2017 e o Tricolor não o fez. Foi o único no Brasil a omitir o balanço que deveria aparecer no site oficial. Com isso, o presidente Pedro Abad corre risco de afastamento, assim como o Flu pode até sair do Profut, programa de parcelamento das dívidas com a União.
Tal falha foi reparada parcialmente às 0h35 desta terça. O balanço apresentado foi incompleto ao ar, com apenas duas páginas, sem análise do Conselho Fiscal, sem assinatura e também faltando a auditação de qualquer empresa independente (obrigações por lei).
O afastamento do presidente é uma das sanções previstas no Estatuto do Torcedor em virtude da falta de respeito e apresentação incompleta do balancete. O “afastamento de seus dirigentes”, sendo “o presidente da entidade, ou aquele que lhe faça as vezes”. Isso aparece no parágrafo 2º do item II do artigo 46-A. A fiscalização pode ser feita pelo Ministério Público ou Apfut, autoridade que controla as obrigatoriedades dos clubes.