Desligado do Fluminense nesta quarta-feira, Alexandre Torres falou sobre o cenário do clube, em entrevista à Rádio Brasil. Dentre os temas discutidos, o ex-dirigente foi questionado se os atrasos salariais inferiram, de maneira negativa, no ambiente dos atletas.
– Lógico que o jogador fica insatisfeito, inseguro, o salário não sai, cada um tem seus problemas, contas para pagar. Mas vou te falar, com minha experiência como gerente e ex-jogador numa época em que se atrasava até seis, sete meses de salário. Jogador quer ganhar. Problema financeiro atinge o grupo, gera uma insegurança, mas na hora que a bola rola, o cara quer ser vitorioso para melhorar a situação do clube e, logo, a sua situação. O pensamento sempre foi esse. Ninguém fez corpo mole, diminuiu o ritmo. Faltou um pouco de fôlego. Ficamos carentes por vários motivos, não pudemos buscar reposição à altura da camisa do Fluminense. O maior problema foi esse. Nada a reclamar da postura dos jogadores, muito pelo contrário. Se empenharam ao máximo. A única coisa que eu gostaria de ressaltar é que nunca houve problema de vestiário. Isso aí é cascata. A última fala dos jogadores ao final do Atlético-GO foi a seguinte: Apesar de tudo que passamos esse ano, vivemos um ambiente maravilhoso, de amizade. Isso, para mim, é o que importa – disse.