Mirando o G4, o Fluminense foi à Brasília em busca do triunfo diante do Bahia. Um dos times de melhor campanha no returno, os nordestinos foram a campo com um intuito antagônico ao do Flu: afastar ainda mais o fantasma do rebaixamento. Com ambas as equipes com fome de vitória, um cenário de equilíbrio foi montado na capital federal. Entretanto, “a bola puni”, como diria o ex-técnico tricolor Muricy Ramalho. Perdendo muitos gols, a equipe verde, branca e grená foi castigada no fim, ficando apenas no empate em 1 a 1.
Com seis desfalques, o técnico Cristóvão Borges manteve a estrutura tática da equipe, com um meio de campo bastante técnico, tendo Rafinha e Jean como volantes. Tomando as rédeas da partida, a equipe tricolor mantinha a posse de bola e, quando não a tinha, cercava o adversário, diminuindo os espaços. Apesar disso, o Bahia aparecia com perigo, apostando na velocidade de seus atacantes.
Beneficiado justamente por seu estilo de jogo, o Fluminense conseguiu o gol aos 22 minutos. Conca cobra falta na área e a defesa afasta. No rebote, Wagner perseverante, domina e cruza para Fred, que desvia de cabeça na saída de Lomba. O gol, entretanto, não fez a equipe das Laranjeiras. Mais na base da raça do que da técnica propriamente dita, os nordestinos chegavam ao ataque. Assim se arrastou o primeiro tempo.
Na etapa final, o Fluminense irritou a torcedor. Perdendo um caminhão de gols, a equipe das Laranjeiras, sobretudo a partir da saída de Darío Conca, o Flu viu escapar, aos 37 minutos, a vitória. Numa falta que não existiu, o Bahia surpreendeu Cavalieri, que viu a bola passar por todo mundo e morrer nas redes. Um lance parecido aconteceu minutos depois, mas o arqueiro tricolor, dessa vez atento, tirou o perigo. No fim, a torcida ficou com um sentimento de derrota e tendo um culpado na mira: Cristóvão, por ter sacado o ídolo das arquibancadas. Que venha o Atlético!