(Foto: Lucas Merçon - FFC)

A áspera discussão com Oswaldo de Oliveira, na última quinta-feira, na partida que culminou com a expulsão do técnico do Fluminense, não foi a primeira polêmica na carreira de Ganso. O jornal Lance listou outros momentos em que o hoje camisa 10 tricolor se estranhou com treinadores, companheiros de time e também árbitros.

Veja os trechos da reportagem do Lance!

 
 
 

Não obedeceu Dorival no Santos

Quando atuava pelo Santos, Ganso se recusou a acatar a ordem de Dorival Júnior para deixar o gramado na final do Campeonato Paulista de 2010, contra o Santo André, e seguiu em campo até o final do confronto vencido pelo Peixe.

– Chamei a responsabilidade, pois senti que deveria fazer isso. Com a camisa 10 da equipe tenho que ter essa postura. Não quis sair e fui premiado com o título – disse Ganso à época.

Atrito com Bauza

Em 2016, quando atuava pelo São Paulo comandado por Edgardo Bauza, Ganso se irritou ao ser substituído aos 40 minutos do segundo da partida contra o César Vallejo, pela Copa Sul-Americana. O jogador deixou o campo fazendo gestos negativos com a cabeça.

– Faltavam só cinco minutos. Falei que queria continuar jogando. Nenhum jogador gosta de sair, mas eu falei numa boa com o Patón – justificou-se à época.

Recado para Muricy

Em 2014, Ganso, insatisfeito com a primeira vez no banco de reservas no Brasileirão daquele ano, fez críticas ao esquema tático de Muricy Ramalho. O meia entrou em campo e deu o passe para o gol de empate por 2 a 2 do São Paulo contra o Coritiba, mas mandou um recado para o então treinador

– Falta o São Paulo achar um time e deixar esse time jogar. É difícil administrar. Quatro atacantes sem ninguém para criar, fica difícil. Todos recebendo bola de costas. Depois que eu entrei o time criou bem mais, buscamos o empate e criamos inúmeras chances– disse Ganso na saída de campo.

Muricy preferiu não polemizar e preferiu minimizar o episódio

– A gente vive em uma democracia, liberdade. É uma opinião dele sobre tática – respondeu o treinador.

Alfinetada em Maicon

Em 2016, Paulo Henrique Ganso não escondeu a irritação com o companheiro de São Paulo Maicon pelo pênalti desperdiçado na vitória sobre o Oeste, pelo Campeonato Paulista. O meia criticou a postura do zagueiro, que teria desrespeitado a fila dos batedores definida pelo técnico Edgardo Bauza e passado à sua frente no momento da cobrança.

– O professor decidiu quem era o batedor, tem que ter ordem, porque quando tem ordem, se consegue as coisas. Foi difícil – desabafou o jogador na saída de campo do Morumbi.

Apontou erro de Lucão

No Brasileirão de 2015, uma falha da defesa do São Paulo, na derrota por 2 a 1 para o Athletico-PR, pela 10ª rodada irritou Ganso. O meia saiu irritado com o lance protagonizado pelo colega Lucão e não teve pudor em apontar o erro do zagueiro.

– Não tivemos bola de perigo. Não pode dar essa bobeada. Erro de quem estava marcando e a gente sabe quem foi – disse Ganso, em entrevista logo após a partida.

Críticas à arbitragem

Em 2015, após a derrota do São Paulo para o Corinthians, pela Libertadores, Ganso se irritou com o árbitro e disparou

– Tinha que sair de camburão. Todo mundo reclamando e ele me escolhe para dar o cartão? Se o Serginho Chulapa ainda fosse do São Paulo, com certeza ele iria lá ao vestiário do árbitro para bater nele. Só que não pode mais fazer isso no futebol e ele faz isso aí. E no final de semana, estará apitando normalmente. O que ele fez foi palhaçada. O segundo gol foi para acabar de vez com a partida – disse referindo-se ao árbitro Ricardo Marques Ribeiro.

Má relação com Sampaoli

Paulo Henrique Ganso e o técnico do Santos, Jorge Sampaoli, trabalharam juntos no Sevilla e o treinador foi o responsável por recomendar a contratação do meia. Depois disso, no entanto, deu poucas oportunidades ao jogador. O brasileiro acabou amargando a reserva no clube espanhol.

Na apresentação oficial ao Flu, no início de fevereiro, Ganso ironizou goleada sofrida pelo Santos de Sampaoli, por 5 a 1 para o Ituano, dias antes, no Campeonato Paulista. Ao ser questionado na coletiva sobre Sampaoli, o jogador não escondeu o seu descontentamento.

– Tiveram algumas coisas que aconteceram lá fora. Quando uma pessoa te pede para ir a um clube e não coloca você para jogar, alguma coisa está errada. A pessoa nem falar com você, não conversar, está errada. Mas isso passa, a gente esquece, vida que segue para todo mundo – disse Ganso na ocasião.