Foto: Nelson Perez - FFC

O Fluminense dispensou oito atletas no fim de 2017 com a alegação de economia. Entretanto, o meia Marquinho, um dos que não continuaram, não entendeu a razão. Afinal, em acordo costurado com os dirigentes, recebeu o mesmo valor que ganharia se continuasse no elenco.

– Sou meio chato, pois vou até o final para saber das coisas. Abel me mandou mensagens, disse que não teve participação. Pelo o que a imprensa falou, o Fluminense não teria condições de pagar os salários mais altos. Mas o acordo que eu fiz… foi praticamente tudo o que teria de receber pelo contrato. Não faz sentido algum. Então, o bastidor do Fluminense tem as pessoas que vazam informações e ninguém sabe de nada. As coisas acontecem e ninguém sabe de nada. Eu não quis me desgastar mais para saber o real motivo. Bastava uma ligação diferente… “Marquinho, vem aqui, vamos falar, trata e depois a gente rescinde”. Poxa, iria entender e aceitar. É do mercado, faz parte. Mas foi como foi… – declarou Marquinho, que não quis entrar na Justiça contra o Fluminense:

 
 
 

– Só após o começo das conversas para negociar que eu recebi uma carta do clube informando que eu poderia tratar lá. Como eu disse, foi uma atitude impensada. A ligação foi de fechar as portas, e eu tive de me virar. Só depois veio uma carta do departamento médico abrindo as portas para eu tratar. Mas a minha cabeça era que iria tratar em qualquer lugar, menos lá. Quem conversou pelo clube foi o Ronaldo Barcelos (vice-presidente comercial), um cara muito educado e disposto a resolver o problema. Ele demonstrou que queria fazer um acordo legal. Não chegou a pedir desculpas pois não falava pelo clube, mas ele mesmo achou que foi conduzido de forma errada. Não gosto de falar por terceiros, mas ele passou isso para a gente. Pensei muito. Eu prezo sempre pelo bem. Achei que a briga e o desgaste judicial iriam apagar tudo o que fiz pelo clube. A instituição Fluminense e o torcedor são maiores. Só tenho agradecimento a eles. Sou o que sou pois passei pelo Fluminense. E, claro, o Ronaldo (Barcellos, vice-presidente comercial) conduziu muito bem as conversas. Então, desisti.