(Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense)

Quando Fernando Diniz chegou ao Fluminense, ele mudou o panorama da equipe para a temporada. Chegou a somar 13 jogos sem perder, teve ótimas e contundentes atuações, mas a maré virou um pouco no Tricolor. É comum que o torcedor observe um cenário de terra arrasada após as derrotas, mas será que o fato de o time ter vencido somente um dos últimos seis jogos liga o sinal de alerta para o “apocalipse do Dinizismo”?

Claro que é cedo para tirar qualquer conclusão. Nas redes sociais, os torcedores brincam com os diferentes níveis da “cartilha Fernando Diniz” que diz o seguinte: primeiro, é contratado e diz que aprendeu no tempo fora. Depois, a torcida empolga com o bom futebol e as vitórias simples. Na primeira goleada contra um time fraco é o que chamam de “descontrole total”. O declínio começa no primeiro revés, quando o treinador não tem elenco.

 
 
 

Depois disso, a sequência de resultados ruins traz desconfiança da imprensa, Diniz coloca alguma estrela no banco e então perde o grupo. Por fim, gols “questionáveis” são sofridos e a demissão acontece com a equipe perto da zona de rebaixamento. Claro que não passa de uma brincadeira, mas o treinador já mostrou em alguns de seus trabalhos que tem um início muito bom, o time mostra um futebol de qualidade e depois de um tempo vem o declínio.

​É preciso ressaltar que, apesar da derrota, Diniz chegou aos 30 jogos à frente do Fluminense nessa segunda passagem e tem um aproveitamento melhor do que o da primeira. Atualmente, são 17 vitórias, oito empates e cinco derrotas, com aproveitamento de 65,5%. Foram também 59 gols feitos e outros 32 sofridos. Em 2019, o treinador teve 44 jogos, venceu 18, empatou 11 e perdeu 15, marcou 71 gols e sofreu 48, tendo 49,2% de aproveitamento.

Além disso, o Flu é semifinalista da Copa do Brasil e, mesmo saindo do G4, ainda disputa na parte de cima da tabela do Brasileirão. A projeção inicial do clube, por exemplo, era chegar às quartas do mata-mata e terminar o campeonato de pontos corridos em sexto.

O Fluminense terá a chance de mostrar se é apenas uma fase conturbada ou se é, como o torcedor chama, o início do “apocalipse”. O time volta a entrar em campo neste sábado, às 19h, contra o Fortaleza em casa. Na quinte-feira, visita o Corinthians para o duelo de volta da Copa do Brasil às 20h. Depois, no domingo, tem o Fla-Flu.

QUEDA NO SEGUNDO TURNO?

Esta é apenas a terceira vez que Fernando Diniz disputa o segundo turno da Série A do Brasileirão na carreira. As duas anteriores foram pelo São Paulo. Em 2019, teve oito vitórias, quatro empates e cinco derrotas, com 17 gols marcados e 14 sofridos. Em casa, ganhou seis vezes e perdeu duas. Fora teve dois triunfos, quatro empates e três derrotas.

Já em 2020, quando chegou a disputar o título pelo clube paulista mas foi demitido na 33ª rodada, o treinador viu o time cair muito no segundo turno. Foram oito vitórias, quatro empates e cinco derrotas, com 29 gols marcados e 22 sofridos. Dentro do Morumbi, quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. Como visitante foram quatro vitórias, dois empates e três derrotas.

O Fluminense é apenas o nono colocado do segundo turno do Brasileirão, com oito pontos em seis jogos. No primeiro, o Tricolor fez 35 pontos em 19 partidas, ficando em terceiro. Mas o início da campanha não foi tão bom, com três vitórias, dois empates e três derrotas. Diniz, vale lembrar, chegou apenas na quinta rodada após a saída de Abel Braga.