Jogador que teve duas passagens marcantes pelo Fluminense, Magno Alves concedeu entrevista exclusiva ao NETFLU e confessou ter sentido um pouco de preconceito na segunda. O atacante havia se destacado pelo clube em 1998 e 2002 e retornou depois de também ir bem no Ceará aos 39 anos de idade, em 2015. Ficou até o fim de 2016
O Magnata lembra que na ocasião entrava e fazia de tudo em campo, mas mesmo assim, sempre acabava no banco de reservas.
– Acho que sim (houve preconceito com a idade). É até uma cultura que vai se quebrando aos poucos. Mas hoje você vê Léo Moura com 40, teve o Zé Roberto que jogou até os 43, Juninho Pernambucano… Mas existe vaidade, muito questionamento. Daí tem um atleta de 20 anos no elenco, vão preferir colocá-lo em vez de um de 40. Eu estava dando conta do recado quando entrava no Fluminense, fazia gol, mas no outro jogo voltava para o banco. No futebol tem isso, mas a gente respeita a decisão. Poderia ter sido diferente. Eu buscava o jogo, me movimentava, dava tudo dentro de campo – recorda.
Apesar disso, Magno Alves rechaça ter ficado frustrado. Ele, inclusive, afirma ter se sentido muito orgulhoso por mais uma vez ter atuado com a camisa do Fluzão.
– Pelo contrário. Eu me orgulho, porque tudo o que eu almejei, consegui. Retornei ao Fluminense aos 39 anos, tive obstáculos e superei. Foi muito legal, apesar das dificuldades – disse.
No total das duas passagens, Magno Alves realizou 331 jogos pelo Fluminense e fez 121 gols. Foi campeão carioca em 2002 e da Primeira Liga em 2016.
Aos 44 anos, Magno Alves segue na ativa. Atualmente, o atacante defende o Atlético de Alagoinhas, da Bahia.