Uma diferença clara entre o atual diretor-executivo de futebol do Fluminense e o anterior é no campo de atuação. Enquanto Paulo Autuori deixou claro que não se envolvia em negociações. Seu trabalho consistia em avaliar nomes e passar para quem de direito no princípio da tratativas, o xará, Angioni, é o oposto.
– Eu, particularmente, sou um pouco diferente de profissionais da minha área. Eu divirjo bastante porque gosto muito do contraditório. Não sou uma pessoa que me envolvo diretamente com contratação. Não sou um técnico nessa área. Posso ser criticado por uma série de outras coisas, mas nunca que eu apontei um jogador ou outro. Não é muito a minha praia. Sou uma pessoa para viabilizar aquilo que a instituição tem como meta. Contratação de jogador não está restrito a uma pessoa só. É um componente muito grande que envolve em torno de um estudo para uma contratação. Futebol tem três vertentes muito claras: Quando no passado você olhava a técnica, ela era a grande supremacia eu, particularmente, não olhava só a técnica. Eu agrego a saúde e a inteligência. Não adiana eu ter um jogador com a técnica exacerbada se ele não tem saúde e inteligência. Essas três coisas precisam estar lincadas. Contratar um jogador passa por uma série de pré-requisitos para não incorrer num outro grande erro que o futebol brasileiro incorre há muitos anos: o equívoco das contratações. Você contrata, traz para você custo altíssimo e meses depois você percebe que esse jogador não é o suficiente, não te atende e fica com um problema financeiro grande. Tudo isso que passo aqui são coisas vividas por mim no passado – explicou Angioni.